SÃO EVERSON DO MINEIRÃO! Goleiro decide nos pênaltis e Galo elimina Boca Juniors

O Jogo

Em uma das partidas mais ilustres da história recente do Atlético, a missão era clara: eliminar o Boca custe o que custar. Reforçados com Nacho, os alvinegros tiveram talvez a melhor chance de todo o jogo já aos 3 minutos. Zaracho recebeu cara a cara com Rossi, bateu fraco e o goleiro argentino defendeu. Ainda houveram outras boas chances para o time da casa, mas sem acertar o gol.

Em um típico clima de Libertadores, algumas chegadas foram fortes (de ambas as partes). O árbitro da partida, Esteban Ostojic, evitou dar cartões e alguns atletas se estranharam em campo. O mais exaltado era Hulk, que também era quem mais buscava jogo.

O Boca não se achou em campo na primeira metade do primeiro tempo. Era presa fácil para a marcação do Atlético e deixava muitos espaços, que não foram explorados pelos atacantes do galo.

E como os mandantes não aproveitaram suas oportunidades, os argentinos começaram a crescer. Primeiro acertando seu posicionamento,  depois recuperando bolas em sua defesa. O Boca começou a gostar do jogo e só não levou mais perigo pois a zaga do galo estava bem. Na única chegada de mais perigo, Villa parou em Everson. Primeiro tempo zerado no Mineirão.

O Boca Juniors voltou mais ofensivo para a etapa final. Contou com um início confuso do Atlético para pressionar. O esquema de Cuca não dava resultados na frente e os argentinos recuperavam muitas bolas, atacando por trás do meio campo rival. Nacho não vivia bom dia e não conseguia ajudar a armar o jogo.

Até que, em bola parada, Weigandt abriu o placar para o Boca Juniors em uma falha infeliz de Everson. A sorte é que o VAR detectou impedimento de González, que participou da jogada. O Atlético tentou reagir e Savarino teve boa chance na área, mas bateu para fora.

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Foto: Pedro Souza/Atlético

À medida que o final do jogo se aproximava, o Boca começava a segurar o resultado afim de ir para os pênaltis. Um exemplo disso é que o próprio treinador xeneize, Miguel Ángel Russo, viu a bola sair pela lateral a favor de seu time e não fez nada para apressar a cobrança.

Sem tantas opções ofensivas, Cuca colocou em campo Dylan e Franco após já ter promovido a entrada de Sasha. Franco entrou bem e Dylan levou certo perigo em suas investidas. Quando a disputa de pênaltis já era certa, Hyoran e Calebe foram a campo para entrar no rol de cobradores.

Chegou o momento em que a partida seria decidida. Seria Galo ou Boca nas quartas de final. O Galo ganhou a disputa da moeda abriu as cobranças de pênalti. Hulk foi o primeiro à bater. Correu para a bola e… errou, acertando a trave! Rojo converteu para os visitantes. Nacho, em péssima noite, não fugiu da responsabilidade e converteu sua cobrança.

Assim como em 2013, um goleiro foi abençoado e coube a ele salvar toda a Massa. Everson defendeu a cobrança de Villa. Junior Alonso colocou o Galo na frente pela primeira vez na noite. Rolón tinha que converter sua cobrança para manter a confiança do Boca, mas São Everson do Mineirão não deixou e defendeu mais uma.

Hyoran, assim como Richarlyson fez em 2013, cobrou muito alto e provavelmente a bola foi parar na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Desta forma, o Boca Juniors tinha a chance de empatar a série de cobranças, com Izquierdoz. Mas, se Everson não defendeu, os Deuses do Futebol não deixaram a bola entrar e esta foi por cima do gol.

A bola do jogo estaria na próxima cobrança. Se o Galo fizesse, classificava-se. E o destino colocou o tão criticado Everson, que já viveu uma montanha-russa de emoções no Galo, para cobrar. Embora alguns tenham ficado surpresos, o camisa 22 já havia feito gols de pênalti e até de falta no Ceará. O arqueiro, então, partiu, cheio de confiança, acertou o gol e se libertou. Estava definido: nascia um novo santo, aos olhos de São Victor.

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Foto: Pedro Souza / Atlético

Episódios Lamentáveis

Seguindo uma infeliz tradição argentina, o Boca Juniors não aceitou bem a eliminação. Os argentinos depredaram as instalações do Mineirão e tentaram partir para cima da delegação do Atlético. Foram atiradas grades e até bebedouros contra o time e os policiais.

Mas, como o Brasil não é uma “terra de ninguém”, a polícia reagiu com gás de pimenta. Além disso, dois jogadores e um membro da comissão técnica xeneize receberam voz de prisão dentro do estádio (informação atualizada às 23:46 do dia 20/07). Até entendemos as polêmicas de arbitragem (embora as decisões tenham sido acertadas), mas os argentinos tiveram a infeliz impulsão de não saber perder.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 0 (3) x (1) 0  BOCA JUNIORS
Data/Hora:
20 de julho de 2021, às 19h15 (de Brasília)
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Esteban Daniel Ostojich Vegah (URU)
Assistentes: Carlos Barreiro e Martin Soppi (URU)
VAR: Júlio Baccuñan(CHI)

Cartões amarelos: Nacho Fernández, Nathan Silva, Hulk (CAM) Rojo, Sandez (BOC);

ATLÉTICO: Everson; Mariano, Júnior Alonso, Nathan Silva e Dodô (Calebe, aos 51’-2ºT); Allan (Hyoran, aos 51’-2ºT), Tchê Tchê (Eduardo Sasha, aos 25’-2ºT) e Zaracho (Alan Franco, aos 34’-2ºT); Nacho, Savarino (Borrero, aos 34’-2ºT) e Hulk. Técnico: Cuca

BOCA JUNIORS: Rossi; Isquierdóz, Weigandt e Rojo; Sandez, Rolón, Medina (Molinas, aos 46’-2ºT), Diego González (Campuzano, aos 47’-2ºT), Villa, Briasco (Orsini, aos 35’-2ºT) e Pávon. Técnico: Miguel Ángel Russo

 

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Esporada neles Galooooooooooooo!!!

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