Em noite argentina, Galo “baila” e goleia xará goianiense
O Jogo
Precisando dar resposta para seu torcedor, o Galo contaria com a volta de Marrony e Nacho à equipe, recuperados de COVID, e Savarino, que estava servindo sua seleção na Copa América. As “dores de cabeça” para Cuca seriam a ausência de laterais esquerdos de ofício (Arana suspenso, Dodô e Mateus Lima lesionados), e a ausência de última hora de Keno, por pequena lesão.
Dessa forma, o esquema adotado tinha Tchê Tchê na lateral esquerda, Mariano na direita, e um ataque composto por Marrony, Savarino e Hulk. A apreensão acerca do novo sistema tático deu lugar a esperança, pois o Galo começou melhor, conseguindo controlar a posse de bola no ataque, e interceptar passes adversários em posições adiantadas do campo. Marrony teve a primeira grande oportunidade, chutando para defesa de Fernando Miguel. Nacho finalizou perto do gol em falta frontal, e Mariano distribuía ótimos cruzamentos na direita, combinados com a desenvoltura de Savarino. Tchê Tchê não comprometia pela esquerda, e o meio formado com Jair, Zaracho e Nacho encontrava boas soluções na frente.
Com domínio total, o gol era questão de tempo, e assim aconteceu. Hulk deu ótimo passe para Zaracho, que cortou e mandou colocado, sem chances de defesa para o arqueiro adversário. O Atlético-GO ensaiou pressão, mas foi presa fácil nos contragolpes Alvinegros, resultando em mais um gol. O ataque Atleticano trabalhou bela jogada, Marrony escorou para Zaracho, que mandou uma bomba de fora da área. Mais um golaço para o argentino. Como se já não tivéssemos gols “gringos” demais, Savarino recebeu bela bola pela direita e serviu Nacho, que só empurrou para as redes.
O Atlético-GO só levou perigo com seu gol, já nos minutos finais, que nasceu de um escanteio irregular. Hulk e Igor Rabello se enrolaram, cometeram erro técnico, e Arthur Gomes, antes impedido, teve seu gol corretamente validado, mesmo que em escanteio que não deveria ser marcado.
Se o Atlético-GO ensaiou uma reação no final do primeiro tempo, os goianos tentaram manter a confiança. Mas foi o Galo que empilhou boas chances criadas nos minutos iniciais, com Marrony, Savarino e (principalmente) Hulk. Os visitantes começaram a dominar mais a posse, muito por causa da estratégia mais ponderada do Atlético, mas a defesa dos mandantes prevalecia. Marrony jogava agora mais recuado para ajudar Tchê Tchê, e Zaracho distribuía força de vontade, desarmando tudo e todos.
O Dragão incomodou em cruzamento para Lucão, que contou com falha de Réver e Igor Rabello para cabecear livre, exigindo grande defesa de Everson. Hulk reagiu, aparecendo múltiplas vezes na área, mas perdendo gol incrível, na pequena área, após falta rápida cobrada por Nacho. O próprio Hulk sofreu falta não marcada pela arbitragem, e na sequência do lance o Atlético-GO requeriu mais uma intervenção de Everson. O Galo soube se recompor do susto tomado, e fechou o caixão goiano com um golaço. Tchê Tchê começou contra ataque para esquerda, serviu Hulk, que tabelou com Hyoran e deixou Nacho na cara do gol. O argentino bateu de primeira, com uma bela cavadinha que morreu dentro das redes.
Após o apito final em campo, foi dado apito final também fora dele. O Dr.Marcos Vinícius, funcionário do Atlético nos últimos 40 anos, se aposentou do Clube. Deixamos aqui a nossa singela homenagem e nossa parabenização pela brilhante passagem do profissional médico, honrando o nome do Maior Clube de Minas Gerais.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 4 X 1 ATLÉTICO-GO
Data/Hora: 1º de julho de 2021, às 19h (Brasília)
Local: Mineirão
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Neuza Ines Back e Anderson José de Moraes Coelho (SP)
VAR: Jose Claudio Rocha Filho (SP)
Cartões amarelos: Janderson, Natanael (ATG)
Gols: Zaracho, aos 26’-1ºT, Zaracho, aos 36’-1ºT, Nacho Fernández, aos 41’-1ºT, Marlon Freitas, aos 45’-1ºT , Nacho Fernández, aos 43’-2ºT
ATLÉTICO: Everson; Mariano, Réver, Igor Rabello e Tchê Tchê; Jair, Zaracho (Neto) e Nacho Fernández (Calebe); Marrony (Hyoran), Hulk (Felipe Felício) e Savarino (Nathan). Técnico: Cuca
ATLÉTICO-GO: Fernando Miguel; Dudu (Arnaldo), Oliveira, Éder e Igor Cariús (André Luís); Marlon Freitas, Willian Maranhão e Arthur Gomes (Baralhas); Janderson (Pablo Dyego), Zé Roberto (Lucão) e Natanael. Técnico: Eduardo Barroca