Galo vira pra cima do Ceará e volta a vencer no Brasileiro

O mais importante era voltar a vencer, e nós conseguimos! Em um jogo com polêmica de arbitragem e pouco público, o Galo conseguiu a virada e iniciou sua reação no Campeonato Brasileiro.

O Jogo

O Galo, como já esperado antes do jogo, começou a partida ofensivo, mas deixando muitos espaços atrás. Nathan, improvisado de volante, fazia o papel do cabeça de área enquanto Elias atuava como meia-atacante ao lado de Cazares. Com tal posicionamento, o Galo tinha presença ofensiva, mas recompunha mal, com Nathan sobrecarregado defensivamente e com o time deixando espaços pelo meio, fazendo com que a partida virasse um verdadeiro “ataque/contra-ataque”. Para a sorte atleticana, o Ceará não conseguia aproveitar os espaços e transformá-los em chances de gol. O Galo contava com um Otero inspirado e criou grandes chances, as principais sendo com Cazares e Patric, mas sem conseguir marcar o gol. Ceará, em um de seus contra-ataques, conseguiu invadir a área e Mateus Gonçalves, cara a cara com Igor Rabello, caiu após disputa com o zagueiro atleticano. O árbitro Paulo Roberto Alves Júnior marcou pênalti e Thiago Galhardo fez 1 x 0 para o Ceará. O problema desta jogada foi que o atacante cearense que sofreu o pênalti havia simulado o lance, mas o VAR não quis intervir e um pênalti irregular foi confirmado. Atrás do placar, o Galo criou chances, mas não marcou o gol e o primeiro tempo terminou com vitória dos visitantes cearenses.

O Atlético voltou com os mesmos jogadores, mas com uma mudança tática na equipe. Elias não era mais um meia-atacante, e vinha jogando por trás do ataque, como um meia. Com essa tática, o Galo acertou sua marcação e conseguiu manter a posse de bola e recuperar a posse do Ceará ainda no campo ofensivo. Otero infernizava a vida de Samuel Xavier pela esquerda, enquanto Di Santo abria espaços no comando do ataque e Luan arriscava lances diversos. O gol atleticano veio aos 8 minutos, quando Otero pegou rebote de finalização na trave de Réver e mandou a bola para as redes. O Atlético, com o gol marcado, se viu com mais confiança e manteve seu esquema ofensivo, criando grandes oportunidades com Patric tendo um chute bloqueado em cima da linha, e mais uma chance com Patric e intervenções do goleiro Diogo Silva. O gol salvador da virada veio aos 34 minutos, sendo um fruto da persistência Atleticana. Após confusão na área, Réver finalizou na pequena área e Diogo Silva fez grande defesa, mas a bola sobrou para o mesmo Réver que tocou para trás e Luan fuzilou as redes. O “Menino Maluquinho” virou o jogo em uma jogada coletiva e comemorou bastante, fazendo até uma polêmica comemoração tampando os ouvidos, que explicou ser uma homenagem ao jogador francês Memphis Depay. O Ceará, agora atrás do placar, não conseguiu produzir jogadas para empatar o jogo e esbarrou também em jogadores Atleticanos motivados, como Luan, Nathan e Di Santo, que fechavam bem os espaços. O Atlético conseguiu segurar o resultado e voltou a vencer no Campeonato Brasileiro.

Opinião Final

Antes da partida, o clima era desfavorável para o Atlético. Uma torcida revoltada com as recentes eliminações do Clube, um Ceará difícil de ser batido e uma sequência Atleticana de 6 jogos sem vencer no Brasileiro. Para piorar, o Galo começou a partida com dois segundos volantes, abrindo muito espaço para o Ceará. Acrescente a isso o fato de que o Ceará saiu na frente do marcador no fim do primeiro tempo! Era uma receita para o caos! Mas o Galo soube manter sua estratégia e vencer o jogo. Os destaques da partida foram Luan, por sua movimentação, Réver por suas duas assistências, Otero, por dar uma dinâmica nova na partida e dominar o lado esquerdo, sobrecarregando o ex-Atlético Samuel Xavier, Di Santo, que encaixou bem no esquema de Rodrigo Santana e tem mobilidade e técnica, além de Nathan, que se esforçou muito para fazer uma função que não sabe e foi bem. Ainda sobre Nathan, impressionou a qualidade de passe do camisa 23, que desfilou técnica ao distribuir lançamentos, inversões, bolas enfiadas e passes laterais, além de ser dinâmico. Rodrigo Santana também merece uma menção, pois foi capaz de ler o jogo e mudar o panorama da partida com suas alterações. Ao recuar Elias, o Galo acertou sua marcação. Ao colocar Luan de titular, o time ganhou presença ofensiva nos lados. E ao colocar Otero, Rodrigo ganhou o jogo. O venezuelano entrou com muita vontade e mudou o cenário do Atlético na partida. Como pontos negativos, fica a nota para a “Jair dependência”. Não temos outros primeiros volantes para suprir a falta do camisa 13, o que obriga Santana a improvisar Nathan ou Ramón Martinez, desregulando o posicionamento do meio de campo. Zé Welison, que seria opção, vive fase nebulosa e não é opção confiável. Outra nota negativa foi a exibição de Cazares, que errou demais e não entrou no clima do jogo. Elias não foi bem. O camisa 7 deixou o meio desprotegido ao sobrecarregar Nathan na defesa e, no segundo tempo, acertou seu posicionamento, mas foi apenas regular. Mas o importante era vencer. E vimos alguns jogadores com muita vontade, além de um Rodrigo Santana que passa longe de estar perdido. Vamos observar e torcer por uma ascensão do Galo no Brasileirão. É jogar um jogo de cada vez.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 2×1 CEARÁ

Local: Arena Independência, Belo Horizonte (BH)
Data: 29 de setembro de 2019, às 19:00hs (horário de Brasília)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Rafael Trombeta (PR)
Cartões Amarelos: Samuel Xavier (Ceará); Felippe Cardoso (Ceará)
Gols: Thiago Galhardo (aos 42 minutos do 1º tempo); Otero (aos 8 minutos do 2º tempo); Luan (aos 34 minutos do 2º tempo)

ATLÉTICO: Cleiton; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Nathan, Elias (Bruninho) e Cazares (Vinícius); Chará (Otero), Luan e Di Santo. Técnico: Rodrigo Santana

CEARÁ: Diogo Silva; Samuel Xavier (Wescley), Valdo, Tiago Alves e João Lucas; Fabinho, Ricardinho, Thiago Galhardo e Lima (Cristovam); Mateus Gonçalves (Felipe Baxola) e Felippe Cardoso. Técnico: Enderson Moreira.

 

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