Atlético sofre derrota surpreendente em noite de terror contra a Chapecoense

Saudações a todos. Geralmente não utilizo a primeira pessoa para me expressar nas colunas, seguindo princípios da Língua Portuguesa, mas tive que abrir uma exceção hoje. Tenho de dizer a todos que este é o pós-jogo mais difícil que já escrevi desde que cheguei ao Espora 13. A situação de nosso Clube é muito preocupante, e não vemos NINGUÉM confiável para nos tirar desse inferno. Abraçar o Atlético não está bastando, pois quem está lá dentro faz trabalho tão ruim que nos causa dúvida sobre as suas reais intenções para com o Galo.

O Jogo

Antes da partida, tivemos surpresa na escalação inicial. Vágner Mancini manteve Réver como volante e Léo Silva na zaga, e promoveu a entrada de Ricardo Oliveira como titular, no lugar de Franco Di Santo. O Atlético começou a partida muito mal, desligado e mal posicionado. Com 2 minutos de jogo, a Chapecoense teve chance cara a cara com Cleiton, que fez grande defesa. Mas na cobrança de escanteio, a defesa atleticana parou e viu Henrique Almeida marcar para os catarinenses. Com 4 minutos de jogo. O torcedor Atleticano, que lotou o Independência, começou a cantar mais forte, já preocupado com o fantasma do rebaixamento que assusta a Massa Atleticana. Mas a Chapecoense continuou mandando na partida, e teve pelo menos mais duas chances claras de marcar. O Galo, armado com três volantes (sendo um deles Réver improvisado), era o dono da posse de bola, mas tinha dificuldades de infiltrar na área e tinha pouca presença ofensiva. A solução era jogar a bola para as laterais, principalmente com Otero. Mas nem essa estratégia resolveu o problema, pois a Chapecoense marcava forte nas laterais. O Galo precisava se esforçar muito para criar uma chance, e a única boa jogada veio com Nathan, que mandou chute forte na trave.

Foto: Bruno Cantini / Atletico

Na segunda etapa Vágner Mancini tentou dar mais mobilidade à equipe, substituindo Leonardo Silva por Cazares, recuando Réver para a zaga e abrindo mão do esquema de três volantes. Mas o afoito time do Atlético tomou outro gol prematuro, dessa vez aos 3 minutos. A Chapecoense construiu jogada pela esquerda, cruzou para a área e o Atlético, com poucos jogadores na defesa, não conseguiu tirar a bola. Everaldo chutou forte e ampliou. Com o novo gol sofrido aos primeiros minutos de uma etapa, a torcida do Atlético perdeu a paciência e aumentou o tom de seus gritos de ordem, principalmente contra Sérgio Sette Câmara, Rui Costa, os conselheiros do Galo e Fábio Santos. O Galo, nervoso em campo, tinha a presença ofensiva mas não conseguia finalizar bem, graças à falta de confiança e de técnica. Ricardo Oliveira, mais tarde substituído por Di Santo, errou gol de baixo da trave. O Galo teve um pênalti para cobrar, e Di Santo, que acabara de entrar em campo, perdeu. Igor Rabello fez de cabeça, mas o gol foi mal invalidado pelo VAR. E o jogo acabou com surpreendente derrota do Galo para a já rebaixada Chapecoense.

Opinião Final

A noite de quarta-feira promoveu horror e calafrios na torcida Alvinegra. Uma derrota com dois gols tardios, com duas falhas graves do Atlético. Um time sem confiança, mas sem as alterações vitais que precisávamos para dar um novo espírito para a equipe. Vágner Mancini errou demais, acreditando em jogadores que não dão resultado a bastante tempo. Não bastasse isso, improvisou Réver de volante em um jogo que precisávamos atacar. Dentro de campo, um time lento, sem efetividade e pouco incisivo. A Massa Alvinegra não aguenta mais sofrer com os mesmos jogadores de sempre. E para piorar, o jogo contra a Chapecoense era um dos únicos em que seríamos favoritos. A derrota nos apavorou. O Z-4 é logo ali.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 0 X 2 CHAPECOENSE
Estádio: Independência-Belo Horizonte(MG)
Data-hora: 30 de outubro de 2019, às 19h30
Arbitragem: Diego Pombo Lopez(BA)
Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Elicarlos Franco de Oliveira(BA)
VAR: Paulo Roberto Alves Junior(PR)
Cartões Amarelos: Roberto, Henrique Almeida, Dalberto(CHA), Igor Rabello, Cazares, Otero (ATL)

Gols: Henrique Almeida, aos 5’, 1ºT(0-1), Everaldo, aos 4’-2ºT(0-2)

ATLÉTICO: Cleiton; Guga, Leonardo Silva(Cazares-intervalo), Igor Rabello e Fábio Santos; Réver e Elias(Geuvânio, aos 25’-2ºT); Luan, Nathan e Otero; Ricardo Oliveira(Di Santo, aos 13’-2ºT). Téc: Vagner Mancini

CHAPECOENSE: Tiepo; Renato(Eduardo, aos 36’-2ºT), Douglas, Maurício Ramos(Rafael Pereira, aos 29’-2ºT) e Bruno Pacheco; Márcio Araújo e Camilo; Roberto, Dalberto(Elicarlos, aos 20’-2ºT), Henrique Almeida e Everaldo. Téc: Marquinhos Santos

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