Galo FA estreia no Mineiro contra o Bulldogs e o atleta Ariel conversa conosco sobre os preparativos e sua recuperação

Salve, salve, nação alvinegra!

Finalmente chegou a semana mais esperada pelos atletas, diretoria e torcida: a estreia do Galo FA no Campeonato Mineiro. No próximo sábado (18) o time alvinegro entra em campo pela primeira vez no ano e enfrenta o Betim Bulldogs, vice-campeão do Gerais Bowl (decisão do melhor time do interior), às 18:00 no SESC Venda Nova.

Para enfrentar o Galo FA nesta semifinal, o Bulldogs disputou 4 partidas este ano, vencendo 3 jogos (23 x 21 contra o Tigres, 16 x 06 contra o Imperadores, e 40 x 22 contra o Forgeds) e perdendo apenas o Gerais Bowl para o Gladiadores pelo placar de 28 x 18. É a melhor campanha da equipe de Betim em sua história, e virão muito motivados para tentar vencer o Galo no SESC Venda Nova.

Os atletas do Galo estão em preparação para a temporada 2019 desde o início de março, quando as atividades do time retornaram de férias. Muitos treinos físicos e táticos foram realizados até a definição do adversário. Após a confirmação de que o time de Betim seria o concorrente à vaga para o Minas Bowl, os estudos sobre o oponente intensificaram nestas duas últimas semanas.

Falando um pouco desta preparação conversamos com o atleta Ariel Troncoso, defensive end do Galo FA. Ariel se recupera de lesão que ocorreu na temporada passada e nos conta como ele começou no FA, o início de carreira, a vida após a lesão e sua recuperação para voltar aos gramados.

Ariel, qual sua cidade de origem? Como conheceu o FA e o que o levou a praticar o esporte?

Sou de Itaúna-MG. Conheci o esporte através do meu irmão, que treinava com o pessoal no Parque Lagoa do Nado, e eu acompanhei ele a um treino e achei muito top! A partir daí eu comecei a gostar do esporte, porque até então eu não sabia da existência desse esporte em BH.

Como foi o início de sua carreira? Sua família o apoiou na prática do FA?

Foi um pouco complicado. Como eu fazia um curso pré-vestibular, não sobrava dinheiro para comprar equipamento, e na época nós tínhamos que comprar. Então eu tranquei o curso e comprei meus equipamentos. Meus pais não gostaram muito da ideia, além do esporte ser violento, tive pouco apoio, da minha mãe principalmente, pois como era violento e eu ainda tive q trancar o curso, não achou legal. Já meu pai me apoiou um pouco, pois ele apoia todas as coisas que vou fazer.

Na base do Eagles (atual Galo FA) você aprendeu muito com os coaches? E como foi sua transição da base para o profissional?

Sim, eu aprendi muita coisa com o Armando, quando na época era meu Head Coach. Subi para o time principal com apenas 6 meses de pratica no F.A. Certo dia perguntei ao Guilherme Aleixo, que na época era Head Coach do time principal: “Aleixo, posso fazer um treino com vocês?” Ele respondeu: “sim”. E como eu já havia treinado, tive que dar um pouco mais de mim para mostrar um bom serviço. Eles observaram, e como eu vinha me destacando bem nos treinos, eles acabaram gostando e subi para o principal.

No ano passado você teve uma lesão grave. Conte-nos como foi esta lesão, e como ela impactou em sua vida.

Sim, tive duas lesões: uma em 2016 e outra em 2018. Lesionei os dois joelhos, LCA (Ligamento Cruzado Interior). A primeira lesão no joelho esquerdo impactou bastante, porque como foi minha primeira lesão séria que eu tive em tão pouco tempo no esporte, eu fiquei muito assustado porque eu não fazia ideia do que eu teria que fazer e nem como seria os procedimentos. E não foi só por esse motivo que eu fiquei abalado e sim porque eu machuquei faltando uma semana para o campeonato da Liga Nacional em 2016, cujo fui convocado para estar jogando com eles e isso me deixou muito chateado. Depois que eu me recuperei da minha primeira lesão, em 2018 eu voltei as atividades, porem machuquei novamente no campeonato mineiro, no jogo contra o Piratas da Serra, tive a mesma lesão só que no joelho direito.

Neste tempo que está afastado, o que passou pela sua cabeça? Pensou em desistir? O que te fez se erguer? E como foi torcer sem poder jogar?

Nos tempos que eu fiquei afastado, eu estaria mentindo se eu falasse que não pensei em desistir. Porque inúmeras vezes eu já pensei em fazer isso, mas muita gente me deu apoio falando para não desistir, que a lesão era normal pelo tipo de esporte que praticava. Então eu segui em frente, recuperei e voltei aos treinos. Mas uma coisa que eu fiz no tempo que eu estava parado: eu nunca deixei de ir a um treino para estar ajudando dando suporte ao time e nunca deixei de estar indo nos jogos, exceto no tempo em que eu estava de recuperação. Isso é uma coisa muito ruim, que ao mesmo tempo que você está ali dentro com o time, acompanhando e tudo mais, você tá do lado de fora ajudando.

Como está a sua recuperação? Você já voltou aos treinos? Tem previsão de retorno aos jogos?

A recuperação está boa e já voltei aos treinos de leve.  E provavelmente a minha volta aos jogos vai ser na final do Campeonato Mineiro.

Como é preparação física de um atleta de FA? Como é a sua alimentação, e você tem algum nutricionista que o acompanha?

Não sigo uma dieta e nunca tive um nutricionista. Só evito de comer besteiras e fora de hora, nunca fui de comer verduras, essas coisas, mas estou mudando aos poucos minha alimentação para ter melhor desenvolvimento dentro do esporte.

Qual foi o seu melhor ou mais especial jogo dentro de campo?

O melhor jogo que tive foi contra o Nova Serrana Forgeds, onde eu consegui mostrar melhor o meu serviço com sacks e tackles.

Qual foi o jogo que você mais sofreu como atleta e como torcedor?

Um jogo tão sofrido eu não tive, mas como um torcedor na época em que eu estava de recuperação de cirurgia foi contra o Coritiba Crocodiles na BFA de 2017. Aquele jogo sem sombra de dúvida foi o jogo mais emocionante.

Como está a preparação do Galo FA para disputar o Mineiro?

A preparação está sendo bem pesada e eu não vejo a hora de voltar aos gramados.

Qual a sua perspectiva para a disputa da BFA?

Estou muito ansioso para estar participando pela primeira vez da BFA. Tem muita coisa boa para acontecer e sei que não vai ser fácil esse campeonato.

Qual o seu time na NFL? E qual é sua inspiração no FA?

Meu time prefiro é o Houston Texans e a inspiração é o JJ Watt. Sempre vejo vídeos dele, suas jogadas, não só porque eu gosto, mas sim para estar aprendendo um pouco mais.

Você sonha em seguir os passos do Duzão e disputar a NFL?

Não só eu, mas sim como muito jogadores aqui do Brasil tem esse sonho de estar indo para fora jogar assim como o Duzão foi. Não é fácil e tem que ter bastante preparo.

Ariel, convide a massa alvinegra para essa semifinal no próximo sábado.

Então massa, não é um convite e sim uma intimação! Bora apoiar a gente nesse jogo! Conto com a presença de vocês!!! AQUI É GALO!!!

Como disse o Ariel: torcida alvinegra, vocês estão intimados para apoiar e empurrar a equipe para mais uma vitória e manter a invencibilidade de quase 3 anos. Galo FA x Betim Bulldogs será às 18:00 no SESC Venda Nova (Rua Dr. José Felix Martins, 1.246 – Mantiqueira). Os ingressos já estão a venda por R$ 10,00 a inteira e R$ 5,00 a meia, podendo ser comprados no local da partida ou pelo Sympla (clique aqui para comprar seu ingresso).

Quem quiser chegar mais cedo e participar de um grande evento, a partir de 12:00 terá o Festival Brasil FA. Este festival terá muita diversão para a família, com espaço kids, música ao vivo com a banda Like 5, espaço com estruturas para você fazer o seu churrasco, além de uma palestra com estudioso da bola oval, o querido Paulo Mancha.

Um efusivo abraço e ESPORADA NELES GALO!!!