Reservas do Galo perdem para o Bahia no Horto

O Jogo

O Galo começou o jogo em cima, tentando marcar rapidamente o gol. O alvinegro alternava jogadas entre Luan e Geuvânio, com os laterais Hernández e Guga sempre dando opção pelos lados. Já o Bahia buscava, dentro de suas limitações, surpreender. O tricolor baiano tentava chegar pelos lados, sempre com os perigosos Artur e Lucca. À medida que o jogo foi passando, o Bahia foi gradativamente adotando a estratégia do contra-ataque, com o Galo ainda ofensivo. O gol saiu logo cedo, após o Bahia armar contra-ataque e Gilberto aproveitar cruzamento e finalizar com categoria dentro da área. Agora atrás no placar, o Galo manteve a pressão e se armou ainda mais agressivo. O Bahia, por sua vez, abdicou de vez de atacar e manteve as pretenções defensivas. O Galo, apesar de reserva, conseguia boas tramas no ataque, mas finalizava mal ou tomava a decisão errada (problema crônico do time de Rodrigo Santana). Luan deu bom chute para fora, enquanto Alerrandro não conseguiu mandar outras bolas para o gol e Geuvânio não se mostrava um bom finalizador. O grande destaque negativo do jogo até então era Otero, que não conseguia apoiar o ataque ou a defesa e parecia um pouco confuso. O Bahia segurou o resultado e o primeiro tempo terminou 0 a 0.

Foto: Bruno Cantini / Atletico

Apesar do forte Sol matinal de Belo Horizonte, o Atlético voltou para os últimos 45 minutos ainda com postura ofensiva. Entretanto, a frustração veio quando a equipe se mostrou mais cansada, com Luan errando lances, Nathan claramente se mostrando sem fôlego e Geuvânio perdendo a intensidade. O Atlético passou a concentrar mais jogadas pela esquerda, com o atacante Maicon, que substituira o apagado Otero. Mais cansado e com ainda menos entrosamento, o alvinegro errava cada vez mais jogadas trabalhadas e apelava às jogadas individuais dos atacantes e aos lançamentos e cruzamentos dos laterais. Já sem ser tão perigoso no ataque, o time atleticano viu o argentino Franco Di Santo estrear com nossa camisa, substituindo Alerrandro. Terans ainda entrou na partida no lugar de Luan, que foi vaiado. Di Santo mostrou vontade e se movimentou bem, criando algumas jogadas que não foram concretizadas por seus companheiros, enquanto Terans conseguiu um bom passe no ataque que acabou bloqueado pela defesa visitante, e não construiu muito mais que isso. A partida se desenhou frustrante nos minutos finais, pois o Galo continuava sem conseguir quebrar as linhas defensivas baianas e o Bahia amarrava bem o jogo, forçando faltas ou jogadas de bola parada, e segurando o jogo nas pontas, com o habilidoso Artur. A partida continuou neste ritmo até que o árbitro Rodolpho Toski (FIFA-PR) apitou pela última vez a partida que declamou o fim da invencibilidade atleticana no Estádio Independência.

Opinião Final

Rodrigo Santana sacrificou 3 pontos contra o Bahia para priorizar a Copa Sulamericana, nossa maior chance de título na temporada. Embora tal atitude faça sentido, só mostrou que o elenco atleticano não é tão qualificado assim. Temos bons volantes na reserva (Ramón Martínez, Zé Welison e Nathan), bons defensores, mas que precisam mostrar mais (Guga, Lucas Hernández, Leonardo Silva e Maidana), mas temos, do meio pra frente, um número de atletas que não conseguem passar confiança (Terans, Maicon, Luan, Otero, Papagaio). A partida contra o Bahia só ajudou a mostrar que o Atlético não tem força para lutar por duas competições, mas sim por uma, que claramente é a Sulamericana. Não podemos, porém, nos esquecer do Campeonato Brasileiro. A Sulamericana é um mata-mata e tudo pode acontecer. Em caso de eliminação, teríamos que buscar pontos preciosos perdidos no Campeonato Brasileiro, e com um adendo: Enquanto o Atlético perde pontos, seus rivais diretos começam a crescer de produção (São Paulo é um exemplo claro). A partida contra o Bahia foi frustrante de várias maneiras possíveis, mas nos ajudou a mostrar que devemos ter pés no chão com nossas expectativas acerca do time do Atlético.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 0 x 1 BAHIA
Data: 24/08/2019
Estádio: Arena Independência (Belo Horizonte (MG)

Árbitro: Rodolpho Toski Marques (Fifa-PR)
Árbitro Assistente 1: Bruno Boschilia (Fifa-PR)
Árbitro Assistente 2: Victor Hugo Imazu dos Santos (AB-PR)
Quarto Árbitro: Murilo Francisco Misson Junior (CD-MG)
Analista de Campo: Sandoval Franco Ferreira (CBF-MG)
Árbitro de Vídeo: José Cláudio Rocha Filho (AB-SP)

Cartões amarelos: Flávio, Artur (Bahia)

Gol: Gilberto (19’/1ºT)

Atlético
Cleiton; Guga, Leonardo Silva, Igor Rabello, Lucas Hernández, Zé Welison, Nathan, Otero (Maicon), Luan (Terans), Geuvânio e Alerrandro (Di Santo).
Técnico: Rodrigo Santana.

Bahia
Douglas; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho, Giovanni, Gregore, Flávio, Ronaldo (Guerra), Artur, Gilberto (Fernandão) e Lucca (Elber).
Técnico: Roger Machado.

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *