Time joga com personalidade, jovens decidem e Galo volta a vencer no Brasileiro

O Jogo

Os primeiros minutos de Atlético e Goiás surpreenderam o torcedor atleticano, que viu sua equipe dar velocidade e intensidade de maneira pouco adotada em todo o ano. O time tinha rapidez pelas pontas, inflitração pelo meio e, por mais surpreendente que pareça, acertava cruzamentos. O goleiro Tadeu rapidamente se tornou o personagem da partida, fazendo série de defesas difíceis em poucos minutos. Com 25 minutos decorridos de partida, o Galo já havia finalizado mais de 10 vezes, quase todas em direção ao gol. No decorrer da primeira etapa, o Atlético conseguiu manter a ofensividade e, à medida que o tempo foi passando e a energia foi acabando, soube manter a posse de bola e consistência defensiva. Os primeiros 45 minutos até terminaram sem gol, mas protagonizaram um massacre Alvinegro, com quase 20 finalizações.

Vágner Mancini ousou no intervalo e colocou Marquinhos em campo, no lugar de Elias. Com tal substituição, o treinador recuou Luan para o meio de campo, enquanto Marquinhos fazia o ataque pela direita. Com a alteração, o Galo conseguiu manter sua ofensividade, mas passou a deixar espaços no meio de campo defensivo. O Goiás esboçou alguns lances de perigo, mas a defesa do Galo, principalmente com o goleiro Cleiton, dava conta do recado. E aos 9 minutos, a alteração tática surtiu efeito. Cazares construiu jogada pela esquerda e enfiou para Marquinhos, que girou perto da grande área e bateu com força no canto de Tadeu. O jovem atacante Atleticano precisou de apenas 9 minutos para tirar a tensão do placar e comemorou com muita emoção. Após o gol, o Goiás desistiu de se defender e colocou todo o seu time para o ataque, mas mesmo sendo ofensivo, não conseguiu quebrar a defesa alvinegra, que era fortalecida com o canto da Massa Atleticana, que cantava muito alto no Mineirão. Bruninho, outro jovem da base, entrou em campo para substituir Cazares. O Galo, mesmo mais recuado, não abriu mão de atacar, e teve chances no contra-ataque. Bruninho teve grande chance na cara do gol que foi salva por um desvio do zagueiro Rafael Vaz. Otero também teve chance na cara do gol, mas Tadeu fez mais uma linda defesa, no reflexo, e impediu o gol. O Atlético soube suportar a pressão goiana e, de quebra, anulou o competente atacante Michael, que era sempre marcado por pelo menos dois jogadores, e não conseguia jogar. No último lance do jogo, Cleiton lançou bola da defesa para o ataque, Di Santo fez o pivô e Bruninho entrou por trás da zaga. O camisa 43 chutou forte e saiu para comemorar, colocando números finais na partida. O Galo venceu o Goiás e chegou a 39 pontos no campeonato, se afastando da Zona de Rebaixamento!

Opinião Final

Como é bom ver o nosso Galo vencer! Mas como é bom ver o Galo vencer e convencer. O Atlético fez grande exibição na noite de quarta-feira, diante de um traiçoeiro Goiás, que gosta de surpreender equipes maiores. No lado tático, mérito total a Vágner Mancini, que montou uma equipe ofensiva, intensa e sóbria. O Galo soube atacar e não se desesperou ao ver o Goiás criar suas chances. No lado dos jogadores, todos merecem destaque. O time jogou concentrado e unido, sabendo o que fazer com a bola. Otero infernizou a zaga goiana, Cazares deu alguns bons passes e Di Santo ajudou demais na armação (embora precise melhorar na finalização). Até Zé Welison jogou bem, sendo seguro, não perdendo a bola e a passando bem para seus companheiros. Mas o destaque absoluto da partida fica para os dois jovens, Marquinhos e Bruninho. Os dois balançaram as redes, jogaram com personalidade e decidiram o jogo a favor do Alvinegro. Mostraram que alguns jovens jogadores pedem passagem no Galo! “Deixa os garoto brincar”!

Ficha Técnica

ATLÉTICO 2 X 0 GOIÁS
Estádio: Mineirão
Data-hora: 6 de novembro, às 20h30
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto(SP)
Assistentes: Neuza Inês Back e Evandro de Melo Lima(SP)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral(SP)
Cartões Amarelos: Rafael Moura, Leandro Barcia (GOI)

Gols: Marquinhos, aos 8’2ºT(1-0), Bruninho, aos 48’2ºT(2-0)

ATLÉTICO: Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Zé Welison; Luan, Elias (Marquinhos- intervalo), Cazares(Bruninho, aos 16’-2ºT) e Otero(Terans, aos 43’-2ºT); Franco Di Santo. Técnico: Vagner Mancini

GOIÁS: Tadeu; Yago Rocha(Breno, aos 39’-1ºT), Lucão, Rafael Vaz e Jefferson; Gilberto(Caio, aos 37’-2ºt), Thalles e Léo Sena(Trindade, aos 24’-2ºT); Michael, Rafael Moura e Leandro Barcia. Técnico: Ney Franco