BICAmpeãooooooooo!!! Pela 46ª vez, Galo é CAMpeão do Campeonato Mineiro!

Com um lindo mosaico feito pela torcida, a motivação que os jogadores do Galo poderiam ter só de olhar para as arquibancadas foi um show a parte. Mesmo sem a presença, os torcedores estavam muito bem representados pela arte do grande Thiago Scap da Galoucura.

Era tudo ou nada! Atlético e América se enfrentaram no Mineirão pela segunda partida da final do Campeonato Mineiro com o Galo tendo vantagem do empate e, por ter terminado a primeira fase como melhor colocado da competição, essa vantagem foi muito importante para essa decisão no Estadual.

O Jogo

Atlético e América deixaram tudo o que tinham no gramado para buscarem a taça. O América teve a primeira grande chance do jogo, quando Rodolfo cabeceou no contrapé de Everson e mandou para fora. Mas o Atlético assumiu o protagonismo rapidamente, girando a bola e tentando resolver as jogadas com rapidez. Savarino se destacava na direita, Nacho era incessante  buscando os espaços e a defesa não comprometia. Igor Rabello apareceu como centro-avante na pequena área, finalizou de carrinho, mas o goleiro Matheus Cavichioli fez grande defesa.

Quando o Atlético não conseguia resolver no ataque, controlava mais a posse de bola e não tinha medo de apelar para as faltas. O único problema é que o árbitro Felipe Fernandes de Lima estava “inspirado” e começou a distribuir cartões amarelos. Isso, no entanto, não freou a estratégia dos comandados de Cuca, que ainda tiveram outra grande chance, com Nacho, batendo rasteiro, e obrigando Matheus Cavichioli a intervir novamente.

As grandes emoções estavam reservadas para os 45 minutos finais. Logo aos 4, Rodolfo se jogou na área ao se aproximar de Igor Rabello, e o árbitro assinalou pênalti, para a surpresa dos dois lados. Pior que o pênalti inexistente foi a falta de intervenção do VAR comandado por Emerson de Almeida Ferreira, que validou o penal. Rodolfo foi para a cobrança, mas acertou o travessão. “Pênalti roubado não entra!”, diriam alguns torcedores. O América manteve sua postura mais ofensiva, mas organizada, mas quem mudou mesmo foi o Atlético. O time Alvinegro ainda rodava a bola na defesa, mas não conseguia mais manter a posse de bola no ataque.

Sobrou apelar para as faltas, ideia que freou o ímpeto do América mas não tirou a tensão da Massa Atleticana, que via os rivais com maior posse de bola. Cuca mudou a formação da equipe para um 4-4-2 e promoveu as entradas de Zaracho e Marrony (nos lugares de Jair e Keno, respectivamente), para dar sustentação às suas novas ideias.

O problema é que o panorama da partida não mudou. O América até não finalizava, mas vivia com o perigo constante de acertar uma jogada a seu favor. O Galo assumiu a postura mais defensiva, e se manteve fazendo faltas e tentando tocar na defesa. Perto dos minutos finais, aconteceria outra grande polêmica. Os americanos reclamaram possível pênalti em cima de Eduardo Bauermann, mas o VAR não interviu, causando a revolta de Lisca e seus comandados. O Atlético se aproveitou da instabilidade de seu rival para “cozinhar” os minutos finais e garantir seu 46º título Mineiro.

Opinião Final

O título foi merecido. O Galo foi quem mais marcou gols, sofreu poucos e decidiu quando precisou. A Competição deixa, também, aprendizados importantes. Foi visível a mudança de atitude do elenco após a derrota no clássico para o ex-rival cruzeiro. Nacho começou a mostrar sua qualidade no Estadual, um time titular foi definido e a taça traz não só tranquilidade como também confiança.

É necessário, entretanto, evoluir ainda mais o futebol. O Atlético não sofreu gols na final mas também não marcou. Mostrou competência defensiva, mas ainda pecou em algumas tomadas de decisão. Mas se esses primeiros jogos da temporada mostraram alguma coisa, eles mostraram que o time tem potencial. Há uma clara mudança de filosofia. Mas é capaz de triunfar com as novas ideias. E o título Mineiro é incontestável.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 0 X 0 AMÉRICA-MG
Data/Hora: 22 de maio de 2021, às 16h (Brasília)
Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte(MG)
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima
Assistentes: Marcus Vinicius Gomes e Felipe Allan da Costa
VAR: Emerson de Almeida Ferreira
Cartões amarelos: Guilherme Arana, Tchê, Tchê , Hulk, Guga (CAM), Leandro Carvalho, Anderson Jesus (AME)
Cartão vermelho: Lohan(AME)

Gols: Não Houve

ATLÉTICO: Everson; Guga, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana , Tchê Tchê, Jair (Zaracho, aos 10’-2ºT), e Nacho Fernández (Hyoran, aos 44’-2ºT); Hulk (Sasha, aos 44’-2ºT) e Keno (Marrony, aos 10’-2ºT) e Savarino (Vargas, aos 26’-2ºT). Técnico: Cuca

AMÉRICA-MG: Matheus Cavichioli, Diego Ferreira, Eduardo Bauermann, Anderson Jesus e Marlon (Geovane, aos 35’-2ºT); Zé Ricardo, Juninho (Ramon, aos 35’-2ºT) e Felipe Azevedo (Leandro Carvalho, aos 16’-2ºT); Alê, Rodolfo (Ribamar, aos 26’-2ºT) e Ademir (Bruno Nazário, aos 26’-2ºT). Técnico: Lisca

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