Galo vacila muito, mas salva empate no último minuto contra RB Bragantino
O Galo foi escalado sem surpresas pelo técnico Jorge Sampaoli, o que, talvez, fosse a grande surpresa para o torcedor Alvinegro. O Atlético começou a partida de maneira frenética. Vargas acertou o travessão logo aos 30 segundos, e Savarino requeriu grande defesa do ex-Atleticano Cleiton, tudo isso antes dos 2 minutos de jogo. Soberano na partida, os Alvinegros mostravam objetividade e velocidade. Aos poucos, o Bragantino foi igualando as ações da partida e trocando passes, isso quando conseguia superar a marcação adiantada do Atlético. Ainda sem gols, o jogo teve alternância de domínio na metade final, e o Bragantino passou a manter mais posse de bola, enquanto o Galo começava a encontrar dificuldades de sair jogando. Com poucas finalizações, apesar do empenho das duas equipes, a primeira etapa encaminhava para um final sem gols quando o volante Ricardo Ryller, de surpresa dentro da área Atleticana, recebeu cruzamento de Helinho e contou com falha técnica da defesa para abrir o placar.
Com uma ducha de água fria antes do intervalo, o Galo voltou sem alterações, mas buscando uma melhor sorte. Começou bem, voltando com um pouco mais de intensidade e entrega dos jogadores. O resultado veio com Savarino, que empatou aos 9 minutos, recebendo bola rasteira na pequena área e se jogando para conseguir alcançar a pelota. O Atlético cresceu no jogo e encurralou os donos da casa, roubando bolas no campo ofensivo e incomodando principalmente no lado esquerdo, com Keno. Faltava, no entanto, melhor conclusão das jogadas e um passe final mais açucarado. Pelo menos duas chances, uma com Keno, e uma com Arana, foram perdidas. Melhor na partida, o Atlético, porém, sofreria mais um duro golpe, em uma das poucas chegadas do Bragantino na etapa final. Edimar apareceu na primeira trave, em cobrança de escanteio, e desviou para o gol. O Bragantino pulava na frente do placar no melhor momento do Atlético no jogo. O gol desestabilizou os Alvinegros, que perderam a ofensividade e passaram a errar muitos passes. O técnico Sampaoli buscou voltar o bom momento na partida, colocando em campo Sasha no lugar de Vargas, Nathan no lugar de Allan, e promovendo a volta de Jair aos gramados, no lugar de Franco. As mudanças, no entanto, não surtiram tanto efeito e o Galo, desesperado atrás do placar, não conseguia ser perigoso. À medida que os minutos foram passando e o jogo entrou na sua parte final, os Atleticanos partiram para o “abafa”, e dessa maneira sairia o gol de empate, na maneira mais dramática possível. Arana recebeu dentro da área, recebeu um toque na panturrilha e caiu na área, já no último minuto de jogo. O árbitro Caio Max (RN) foi chamado ao VAR, e concedeu o pênalti para o Atlético. Hyoran foi para a cobrança, bateu bem e garantiu o empate, já aos 54 minutos de jogo. O camisa 20 comemorou com o gesto de punho ao alto, em homenagem ao ídolo Reinaldo, aniversariante naquela segunda-feira.
Opinião Final
O empate do Atlético, diante do Bragantino, foi fruto de muita frustração e discussões. Embora não seja má coisa empatar com uma equipe que venceu o líder São Paulo na rodada passada por 4 gols, é inevitável dizer que o panorama da partida diante do Galo foi diferente. Os Alvinegros deram esperança a sua torcida, tendo lampejos de bom futebol, mas acabaram cometendo os mesmos vacilos que impedem o Galo de se aproximar da liderença. Nos seus melhores momentos na partida, o Galo foi traído por sua própria defesa que, cometendo os mesmos erros de sempre, impediram um resultado melhor. O meio de campo teve sérias dificuldades para marcar, e o ataque, que até era perigoso, parecia sozinho e pouco eficiente na hora de transformar o perigo em gol. Sampaoli precisa ser cobrando quanto às necessárias correções a falhas que se tornaram rotina. A defesa falha, o meio de campo não cobre, o time sofre algum gol bobo que poderia ser facilmente evitado. O ponto solitário conquistado em Bragança Paulista reduziu a desvantagem Atleticana para o líder São Paulo para 2 rodadas, ou 6 pontos. Mas o desempenho precisa ser melhor, mais constante, e mais confiável. Vamos, e precisamos continuar a acreditar, mas precisamos acordar para a vida antes que seja tarde.
Ficha Técnica
RB BRAGANTINO 2 X 2 ATLÉTICO
Local: Nabi Abi Chedid, Bragança Paulista, SP
Data: 11 de janeiro de 2021, segunda-feira
Hora: 20 horas (de Brasília)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)
Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA) e Jean Márcio dos Santos (RN)
VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)
Cartões amarelos: Fabrício Bruno, Cuello, Ligger e Claudinho (BGT)
GOLS: Ricardo Ryller, aos 45′ do 1ºT (1-0); Savarino, aos 9′ do 2ºT (1-1), Edimar, aos 21′ do 2ºT (2-1) e Hyoran, aos 54′ do 2ºT (2-2)
RB BRAGANTINO: Cleiton; Weverton (Ligger), Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar; Raul, Ricardo Ryller (Ramires) e Claudinho; Helinho (Bruno Tubarão), Cuello (Morato) e Ytalo (Chrigor) Técnico: Maurício Barbieri
ATLÉTICO: Everson; Guga, Réver, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Nathan), Alan Franco (Jair) e Hyoran; Savarino, Keno e Vargas (Eduardo Sasha) Técnico: Jorge Sampaoli
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