Atlético dá vexame e perde para os reservas do Inter no Horto

O Jogo

A partida começou bem movimentada, com Galo e Inter protagonizando um verdadeiro “contra-ataque”. O Inter finalizava mais, mas o Galo também chegava, quase sempre pelos lados, com Chará e Bruninho. Bruninho este que não sentiu o peso do jogo e distribuiu dribles e começou jogadas de efeito. O problema do Galo era o meio-de-campo, já que os dois volantes e Vinícius, o armador, saíam para o jogo, o que deixava muito espaço para os colorados contra-atacarem, quase sempre enfrentando de uma vez a primeira linha defensiva atleticana. O Internacional encaixou sua marcação pelas pontas e anulou as chegadas ofensivas do Atlético, que só aconteciam pelas laterais. Com o Galo agora anulado e com os espaços ainda aparecendo, o Internacional passou a ser o único a criar chances. Os minutos foram passando, o Galo não conseguia apresentar o repertório e, ainda desorganizado dentro de campo, sofreu o primeiro gol. Elias e Fábio Santos se enrolaram na hora de afastar a bola, que foi para trás. Réver tentou cortar e acabou chutando para trás, onde estava William Pottker, que ganhou de Leonardo Silva e cabeceou no canto de Cleiton. O detalhe é que a bola ainda pegou num “montinho” perto do gol e ganhou efeito, entrando para a rede. Sofrendo um gol bizarro, o Galo estava agora atrás dos reservas do Internacional.

Foto: Bruno Cantini / Atlético

O panorama não mudou no segundo tempo. Na verdade, só piorou. Cazares entrou no lugar do volante Martínez, e Di Santo substituiu Ricardo Oliveira. O Galo, que já deixava muitos espaços atrás, praticamente abdicou de vez de defender. Mas o nervosismo não o permitia manter a bola na frente e tentar vencer a boa defesa do Internacional. Isso ocasionou muitos contra-ataques para o Internacional, maneira como nasceu o segundo gol. O jovem lateral Heitor recebeu com espaço nas costas de Fábio Santos e cruzou rasteiro para Neílton, que bateu Cleiton. O 2×0 para os visitantes entornou de vez o caldo para os mandantes. A torcida atleticana se revoltou no Horto e começou a entoar cânticos de ordem. O Galo teve algumas chances, como os dois milagres protagonizados por Marcelo Lomba, mas isso não foi o suficiente. Perdido em campo, o Galo não tinha organização para atacar e deixava grandes espaços na sua fase defensiva. O Internacional fez 3×0 com Willian Pottker, dessa vez invadindo a grande área pela direita e enganando Cleiton, batendo rasteiro. O placar causou espanto na torcida atleticana e delírio total nos colorados, que ganhavam por 3×0 com uma equipe totalmente reserva, enfrentando os titulares do Atlético. O jogo não mudou muito até o final, mas pelo menos o atleticano teve uma alegria com o jovem Bruninho. O melhor jogador do Galo em campo, Bruninho conseguiu descontar ao aproveitar sobra na grande área e, de quebra, marcou seu primeiro gol como jogador profissional do Atlético. O jogo terminou com vitória do Internacional por 3×1 no Horto.

Opinião Final

O atleticano continua sendo surpreendido por sua equipe. Surpreendido ao ver jogos fáceis serem dificultados pelos seus próprios jogadores, virando vitórias épicas. Surpreendido por ver seu time até jogar bem em jogos mais difíceis, mas ser incapaz de lidar com a pressão de ser favorito de um jogo contra adversários mais fracos. Surpreendido por ver o seu time titular perder por 3×1 para um time totalmente reserva do Internacional. E nessa derrota, temos que falar sobre Rodrigo Santana. O treinador formatou mal a equipe em campo, buscando uma ofensividade desorganizada ao liberar Elias e Ramón Martínez para atacar. Com todos os jogadores no ataque, o Atlético se perdeu na marcação e foi presa fácil para os ataques colorados. O time também não demonstrou repertório ao só tentar atacar pelas pontas, com a sobreposição dos laterais para o ataque, pouco criando e sendo presa fácil para a competente marcação do Inter. Também assusta ver a incapacidade da equipe de controlar o seu emocional, se perdendo facilmente no nervosismo e na ansiedade de fazer o gol. E por último, a entrada de Cazares no jogo. Cazares, mais uma vez marcado por sua falta de profissionalismo e desrespeito com a Instituição Clube Atlético Mineiro ao se atrasar quase 2 horas para um treinamento e dar festas logo após partidas, foi de certa maneira premiado ao receber uma chance de jogar contra o Inter. Tal atitude pode acusar uma certa falta de comando dentro no Atlético, onde jogadores desrespeitam o Clube, mas estão em campo na partida seguinte. Vacilo duplo de Rodrigo Santana e do diretor Rui Costa. O Atlético é maior que qualquer jogador, não importa quem seja. Porém, para terminar este pós-jogo com alguma informação alegre, vamos falar de Bruninho. O jovem começou jogando na esquerda e não fez feio, abrindo espaços com dribles, chutando bem e demonstrando personalidade. O garoto de 19 anos mostrou ser uma boa opção ao restante da temporada e, de quebra, marcou seu primeiro gol como profissional, sendo a única boa notícia numa manhã desastrosa no Estádio Independência.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 1×3 INTERNACIONAL

Estádio: Independência- Belo Horizonte (MG)
Data-hora: 15 de setembro de 2019, às 11hs
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
Assistentes: Silbert Faria Sisquim e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
VAR: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Cartões Amarelos; Guilherme Parece (INT)

Gols: William Pottker, aos 28’-1º T (0-1), Neílton, aos 7’-2º T (0-2), William Pottker, aos 18’-2º T (0-3), Bruninho, aos 42’-2º T (1-3)

ATLÉTICO: Cleiton; Patric, Leonardo Silva, Réver e Fábio Santos; Ramón Martínez (Cazares-intervalo) e Elias; Vinícius (Nathan, aos 21’-2º T) e Bruninho; Chará e Ricardo Oliveira (Di Santo-intervalo). Técnico: Rodrigo Santana

INTERNACIONAL:
Danilo Fernandes; Heitor, Klaus, Emerson Santos e Zeca; Rithely, Nonato, Guilherme Parede, Neilton (José Aldo, aos 37’-2º T) e William Pottker (Sarrafiore, aos 24’-2º T), Rafael Sobis (Johnny, aos 19’-2º T).Técnico: Odair Hellmann.

 

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