Galo mostra potencial e vence América-MG por 3 a 2 na Cidade do Galo
Após quatro meses sem a bola rolar, o Atlético voltou a jogar futebol – mesmo que não seja de forma oficial – enfrentando o América-MG na Cidade do Galo. Foi o primeiro teste para algumas novas contratações Alvinegras, e um dia de pesadelos para outros jogadores.
O Jogo
O embate foi dividido em quatro tempos de 30 minutos cada, por questões físicas e para que os treinadores pudessem colocar todos seus jogadores em campo. O primeiro time do Galo foi composto por: Rafael, Guga, Réver, Igor Rabello e Arana; Allan, Nathan, Hyoran, Marquinhos e Savarino; Diego Tardelli. Nos primeiros 30 minutos, vimos algumas idéias de jogo do argentino Jorge Sampaoli tomando forma, mas ainda em fase inicial: amplitude da equipe, pressão na saída de jogo adversária e postura ofensiva. Entretanto, como previamente citado, tais idéias de jogo estão em fases iniciais, e o Galo errava mais que o normal, principalmente na sua defesa. O América foi quem saiu na frente, quando um potencial passe errado do Coelho resultou em um corte errado da zaga, e a bola sobrou para Rodolfo que, mesmo sem ângulo, marcou o gol. O América-MG permaneceu melhor no primeiro tempo, algo normal graças ao maior entrosamento de seu elenco, em contraste com um Galo em início de trabalho.
Na segunda etapa, o Galo voltou melhor e conseguiu pressionar mais. O resultado saiu com o gol de Marrony, após receber boa assistência de Hyoran. Porém, logo após o gol marcado, o Atlético repetiu uma falha comum e se desconcentrou logo após o momento, e o América reagiu rapidamente fazendo 2 a 1. Rodolfo partiu de trás, ganhou na velocidade dos marcadores atleticanos, invadiu a área e tocou para Felipe Augusto marcar. Com o gol sofrido de forma precoce, o Atlético teve que se concentrar e manter a calma em busca de um empate. E o gol veio, já no fim do segundo tempo. Savarino cruzou, Marquinhos escorou e Marrony finalizou. Foi o segundo gol do estreante e agora ex-Vascaíno.
Para a terceira etapa, Jorge Sampaoli substituiu todo o time. A escalação foi: Victor; Mailton, Bueno, Junior Alonso e Fábio Santos; Léo Sena, Guilherme Castilho e Dylan Borrero; Otero, Sávio e Diego Tardelli. Destaques para Castilho e “Savinho”, que são da equipe de transição comandada por Leandro Zago.
O jogo começou a ficar bem cadenciado e com menos intensidade, uma vez que Atlético e América estavam bem mudados. Entretanto, o gol da virada veio com Hyoran, de pênalti. A bola bateu na mão do defensor americano, Hyoran foi para a bola e não perdeu. Com a vantagem no placar, o Galo buscou administrar o resultado e a preparação física, ainda deficiente, dos atletas, que estavam de “férias forçadas” e precisam de mais ritmo. Durante o jogo ainda entraram Calebe (meia) e Giovani (atacante), jovens do time de transição. O lado negativo ficou com a lesão de Diego Tardelli que, aos 5 minutos do quarto tempo, prendeu o pé no gramado, e, ao tentar girar o corpo, sofreu lesão grave e está fora da temporada de 2020. O América teve algumas chances, o Galo também, mas o jogo terminou com o placar apontando 3 a 2 para o Galão da Massa.
Opinião Final
Não podemos fazer grandes críticas e elogios às atuações coletivas e individuais nesse confronto. Após muito tempo parados, Atlético e América demonstraram alguns rabiscos do que podem ser na temporada, assim como seus atletas. Mas pudemos notar algumas falhas do passado voltando a acontecer no lado Atleticano, tanto como alguns fatos promissores. De positivo, podemos destacar as atuações de Marrony, Hyoran e Savarino no ataque. Marrony marcou dois gols, Hyoran deu uma assistência e marcou o gol da virada, e Savarino mostrou mais uma vez ser um atacante de muito talento no drible e na movimentação rápida. Na defesa, o argentino Alonso e Bueno, recém chegado do Japão, mostraram que têm potencial para vestir a camisa titular na zaga. Entre os jovens, foi interessante observar o jovem atacante “Savinho”, de 16 anos. A joia da base mostrou, em pouco tempo de jogo, que tem um potencial interessante. E taticamente, vimos o início da ideia de jogo de Jorge Sampaoli. E foi empolgante observar a marcação sob pressão, o trabalho com a posse de bola e a amplitude ofensiva. Entretanto, tivemos mostras de que ainda falta muito para o elenco Atleticano se acostumar com a filosofia do treinador Argentino. O time foi, em alguns momentos, lento na defesa, errou passes simples e se posicionou mal. Também sentimos alguma carência na armação, com a falta de algum passe com mais profundidade. E no posto da camisa 9, nunca precisamos tanto de reforços, agora que Diego Tardelli não poderá mais jogar por causa de lesão.
No geral, foi um bom amistoso, que pôde mostrar à Massa Atleticana que podemos almejar grandes resultados na temporada. Mas não podemos tirar os pés do chão, pois ainda há muito trabalho a se fazer.
Ficha Técnica
ATLÉTICO 3 X 2 América-MG
Data-hora: 16 de Julho de 2020, às 10h(De Brasília)
Estádio: Cidade do Galo, Vespaziano(MG)
Cartões amarelos:
Cartões vermelhos:
Gols: Rodolfo, 24′ 1ºT(0-1) , Marrony 7′-2ºT(1-1), Felipe Augusto, 8′-2Tº(1-2), Marrony, 12′-2ºT(2-2), Hyoran, 3′-3ºT (3-2)
ATLÉTICO (1º tempo): Rafael, Guga, Réver, Igor Rabello e Arana; Allan, Nathan, Hyoran, Marquinhos e Savarino; Diego Tardelli.
América-MG (1º tempo): Airton; Leandro Silva, Lucas Kal, Eduardo Bauermann e Sávio; Zé Ricardo, Juninho, Alê e Ademir; Rodolfo e Felipe Augusto.
ATLÉTICO (3º tempo): Victor; Mailton, Bueno, Junior Alonso e Fábio Santos; Léo Sena, Guilherme Castilho (Calebe) e Dylan Borrero; Otero, Sávio e Diego Tardelli (Giovani). Técnico: Sampaoli
América-MG (3º tempo): Jori (Léo); Diego Ferreira (Thales), Joseph (Luisão), Anderson e João Paulo (Lucas Luan); Sabino(João Gabriel), Flávio e Rickson (Toscano); Carlos Alberto, Matheusinho (Kawê) e Léo Passos (Vitão). Técnico: Lisca