Galo luta mesmo com um a menos, busca empate e mantém liderança do Brasileiro
O Galo chegava a Fortaleza com uma imensidão de desfalques. Fora as baixas por causa da COVID (Toda a diretoria e comissão técnica, além de Alan Franco, Réver, Guga, Allan, Vargas e Gabriel), estavam agora contaminados os titulares Jair e Éverson. Junte a isso as baixas de Mariano, Savinho, e estava consumado o inferno para os planos do Atlético. O técnico Leandro Zago, em constante comunicação com Sampaoli, manteve o esquema de 4 defensores, com a volta de Alonso no lugar de Bueno, assim como a continuidade do jovem Talison na lateral-direita. Sem a presença de Jair, o novo esquema não tinha um volante mais defensivo, e o meio de campo tinha Dylan, Zaracho e o jovem Calebe, que já estava ganhando alguns minutos de jogo nas partidas anteriores.
E mesmo com tantas alterações, o que se viu foi um Galo bem disposto e lúcido, que não se expunha tanto, mas era competente. Cometia alguns erros, principalmente na defesa, mas jogava bem. Zaracho estava um pouco apagado, Calebe sentia um pouco o peso de ser titular pela primeira vez, entretanto o jogo coletivo se sobressaía, com o trabalho árduo de todos. Aos 28 minutos, Igor Rabello cabeceou bola cruzada em escanteio, o goleiro Prass fez grande defesa, mas a bola sobrou para Eduardo Sasha, que emendou uma “meia bicicleta” e abriu o placar. Para melhorar a situação, o São Paulo, rival direto pela liderança, perdia em casa para o Vasco da Gama, completando uma situação ideal para o Atlético, se isolando na liderança. O restante do primeiro tempo foi seguro, e nada mais relevante aconteceu.
Numa típica maneira Atleticana, o segundo tempo transformou a calmaria em um verdadeiro desastre. Desligado, levou o empate aos 8 minutos, com Lima. O Atlético tentou reagir, mas levou a virada alguns minutos depois, com Felipe Vizeu, de cabeça. Agora atrás no placar, o time mineiro se abriu e só não levou mais um gol graças a Rafael. Mesmo assim, mais um golpe duro aconteceria aos 23 minutos. Dylan, que fazia partida interessante, deu cotovelada em Léo Chú, e acabou expulso após revisão do VAR. Sobre esse lance, é necessário fazer duas observações: A cotovelada de Dylan foi acidental, e um lance até um pouco mais grave já havia acontecido contra o Atlético e, na ocasião, o árbitro da partida não havia expulsado o jogador do Ceará. Com tamanha situação adversa, a Massa Atleticana já esperava o pior. No entanto, o time atleticano tirou forças de onde parecia não ter e marchou para o empate. Marrony sofreu falta dentro da área, Keno cobrou a penalidade e não desperdiçou. A Massa explodiu de felicidade, e com razão. O empate recolocava o Galo na liderança do Brasileiro, mas, acima disso, conseguir um empate após todos os inúmeros problemas que cercavam o Atlético era excelente negócio. E ainda houveram chances para virar a partida, com Arana, Savarino, Marrony e Keno, mas essas não foram aproveitadas. Pela parte do Ceará, o ex-atleticano Vina até marcou gol, já nos acréscimos, mas o lance foi anulado por impedimento. O resultado final dessa jornada cheia de emoção, foi um empate de 2 a 2. Dados todos os problemas, foi um excelente placar obtido no Castelão, em Fortaleza (CE).
FICHA TÉCNICA
Ceará 2×2 Atlético
GOLS: Ceará: Lima e Vizeu Atlético: Sasha e Keno
CEARÁ: Prass; Samuel Xavier, Tiago, Eduardo Brock e Bruno Pacheco; Fabinho, Charles (Léo Chú), Fernando Sobral, Lima (Leandro Carvalho) e Vina; Vizeu (Cléber) Técnico: Guto Ferreira
ATLÉTICO: Rafael; Talison (Bueno), Igor Rabello, Junior Alonso e Arana; Borrero, Calebe (Nathan), Zaracho (Marrony) e Savarino (Marquinhos); Keno e Sasha (Hyoran) Técnico: Leandro Zago