Foi na Raça! Atlético empata em 0 a 0 com Defensor e garante classificação pra fase de grupos da Liberta

Foto: Atlético/Bruno Cantini/Pedro Souza

Salve, Massa Alvinegra! Jonatas Berto com mais um pós-jogo com emoção, mas também com lucidez para você!

O Galo começou a partida de ontem com uma modificação encorajadora. Zé Welison faria dupla de volantes com Adilson, com Elias mais adiantado na linha de três meias ofensivos. Confesso que gostei muito da substituição, pois um dos problemas mais graves apresentados pelo Atlético nos últimos jogos havia sido o meio de campo com pouca marcação e mal postado defensivamente. Do mais, o Atlético começou a partida com: Victor, Patric, Réver, Rabello e F.Santos; Adilson, Zé Welison, Elias e Cazares; Luan e Ricardo Oliveira.

Começamos o jogo muito bem, já acertando bola na trave no início. O time do Galo mostrava confiança e achava os espaços, principalmente com Luan, Cazares e um inspirado Elias. Não dá para negar que o Alvinegro teve mais consistência no meio de campo com dois volantes marcadores. Embora Zé Welison saísse para o jogo, sempre estava lá atrás nos ataques dos uruguaios. Uruguaios, também, que buscaram o ataque. O Defensor por várias vezes buscou pressionar e ser ofensivo, mas esbarrava na própria falta de técnica. E o Atlético, com muita qualidade ofensiva, conseguia chegar sempre com perigo. Destaco a troca de posição entre Luan, Elias e Cazares. A troca constante de posicionamento ajudou a confundir o adversário e contribuiu nas jogadas ofensivas. Primeiro tempo sem sustos e com o Galo muito superior, mas sem gols marcados.

Sem alterações, o esquadrão Alvinegro voltou mal no segundo tempo. Embora este fato não seja novidade para ninguém, impressiona a displicência que os atletas apresentam nos primeiros minutos das segundas etapas no geral. Passes curtos errados, jogadores correndo sem sentido e muitas bolas de graça para o rival. O Atlético, porém, não sofria muitos sustos, apenas algumas frustrações. Mas este panorama mudou em pouco tempo. Após erro de passe bizonho de Patric, Zé Welison deu carrinho igualmente bizonho e exagerado, sendo bem expulso. Nesse momento, o Atleticano com certeza se lembrou do drama diante do Danubio e da nossa história recente de sofrimentos.

O Atlético, às vezes, comete auto-sabotagem. Mais um jogo simples, amplamente dominado pelo Galo, que ganhou requintes de nervosismo. Mas apenas nervosismo, não chegou a ser sofrimento. Mesmo com um a menos, o Alvinegro se mostrava superior. Destaque para a nossa dupla de zaga e para o volante Adilson. Enquanto nossos zagueiros demonstraram grande consistência, tranquilidade e técnica, anulando quase todas as investidas uruguaias, Adilson se destacou pela marcação. Mesmo errando muitos passes, sempre se recuperava. Ou passava um uruguaio ou a bola. Os dois, não. E este é meu ponto principal neste pós-jogo. O Atlético, em inferioridade numérica, soube sofrer. Se defendeu muito bem e ainda teve chances de contra-ataque. Mesmo errando quase todos, a equipe conseguia se recompor atrás e segurou, com justiça, a classificação. Destaque positivo para os atletas. Compraram a briga e lutaram até o final, correram, disputaram, não tiraram o pé. Destaque negativo para Levir Culpi. Embora treine muito bem a equipe, tem errado demais nas substituições. Colocar Chará centralizado no jogo de ontem quase uma ofensa com David Terans. Terans joga como segundo atacante centralizado, e faria muito mais sentido colocá-lo nesta posição.

Muito obrigado pela leitura! O Galo está classificado com justiça e estamos na fase de grupos!

Esporada Neles, Galo!

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