Atlético perde em casa e é eliminado de forma vexatória da Libertadores

O Galo enfrentou o Nacional do Uruguai, pela 5ª rodada da fase de grupos da Libertadores. O time entrou em campo com Victor; Guga, Maidana, Leonardo Silva, Fábio Santos; Adilson (Terans), Elias, Luan; Maicon Bolt (Vinicius), Chará, Ricardo Oliveira (Alerrandro).

O time começou a partida com controle total. Com a posse de bola, buscava infiltrar a área uruguaia. A constante troca de posições do trio da frente, composto por Luan, Chará e Bolt, complicava a marcação dos visitantes. O Galo forçava muito o jogo pelas laterais, de onde saíram algumas boas chances de gol. Em uma das jogadas, Adilson cabeceou e o goleiro do Nacional fez uma defesa impressionante. Em outro lance, Ricardo Oliveira recuperou bola perdida pela zaga do Nacional, tabelou com Elias e, na cara do gol, perdeu chance inacreditável. O Nacional, percebendo que o Atlético era superior, desceu suas linhas de marcação e passou a jogar atrás da linha da bola. Desse momento em diante, o Galo passou a ter muita dificuldade para entrar na área, mas ainda conseguiu chegar algumas vezes em jogadas individuais. Os atleticanos forçavam muitas jogadas pela sua esquerda ofensiva, alternando entre cruzamentos para a área e infiltrações dos atacantes. Um destaque negativo foi Maicon Bolt. O camisa 11 esteve irreconhecível e não conseguia dar conclusão às jogadas atleticanas.

No segundo tempo o Galo voltou sem alterações. Ainda nervoso e agora precisando acelerar a partida, adiantou suas linhas e adotou posicionamento mais ofensivo. O Nacional manteve sua estratégia defensiva e se armou para contra atacar os alvinegros. Apesar de ter mais jogadores no ataque, o Galo continuava com muitos problemas na transição. Cada vez mais nervoso, passou a oferecer contra ataques para os uruguaios. O time alvinegro começou a errar muitos passes e movimentações, e nas jogadas que funcionavam, o próprio nervosismo atrapalhava os atletas. Para exemplificar, Fábio Santos recebeu passe açucarado dentro da área e bateu muito fraco, além de jogada em que Chará já tinha ultrapassado o adversário e, ao tentar dar outro drible, perdeu a bola. A torcida atleticana ficava cada vez mais impaciente, mas fez seu papel. Nos momentos mais difíceis da partida, cantou e tentou de todas as maneiras apoiar o time. O Galo, entretanto, se complicava cada vez mais e via a vitória cada vez mais distante. Numa tentativa desesperada de vencer, Rodrigo Santana colocou em campo David Terans no lugar do Adilson que teve uma atuação pífia e Alerrandro no lugar de Ricardo Oliveira. O time, porém, não melhorou. Muito pelo contrário, sofreu o gol. Carballo apareceu por trás da espaçada zaga atleticana, encobriu Victor e fez o gol solitário do jogo, aos 40 minutos do segundo tempo. Este gol foi o estopim para a torcida do Galo perder de vez a paciência. Com o clube já eliminado da Libertadores, a torcida se revoltou, começou a entoar gritos de ordem e a hostilizar o presidente Sérgio Sette Câmara. Com mais alguns minutos de agonia, o árbitro apitou o fim do jogo e o fim das esperanças atleticanas de classificação.

No final desse pós-jogo tenho que destacar alguns pontos negativos. Substituído após nova exibição muito ruim, Ricardo Oliveira fez gestos em tom de deboche para a torcida. Tal atitude merece explicações urgentes. Chamou a atenção também o despreparo e destempero dos atletas. Muito nervosismo, muita falta de confiança e uma apatia de envergonhar. Outro ponto, e este o mais sério, é o quanto que a diretoria encabeçada por Sérgio Sette Câmara vem realizando erros amadores. Com total falta de entendimento, manteve para 2019 uma base de elenco fraquíssima, com atletas que já passaram do ponto a muito tempo. Além disso, é de assustar que o Atlético tenha contratado um diretor de futebol apenas no final do mês de abril, a dias de uma estreia de campeonato brasileiro. O Clube Atlético Mineiro hoje em dia não é mais respeitado por seus rivais, nenhum profissional olha com bons olhos para cá e o time acumula vexame atrás de vexame. E isso tem de ser creditado à diretoria. Um planejamento errado e mal feito está apequenando nosso clube. Precisamos de mudanças urgentemente! Apoiar-se no bom Rui Costa não é a solução. Rui Costa não é Deus. Rui Costa não vai resolver todos os problemas sozinho.

Esporada neles Galo!

Foto: Atlético/Bruno Cantini/Pedro Souza

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