Galo volta a vencer La Equidad e está nas semifinais da Copa Sulamericana

Era o jogo mais importante da história do La Equidad. Humberto Sierra, treinador dos colombianos, comemorou o resultado do primeiro jogo no Independência, crente na virada de sua equipe. Mas esqueceram de combinar com o Atlético, que causou uma situação bem “chata” no El Campín.

O Jogo

O Galo repetiu a escalação da partida de ida em Belo Horizonte, colocando em campo os atletas que descansaram no fim de semana, quando os reservas enfrentaram o Bahia. O Alvinegro começou a partida dando a posse de bola para o La Equidad, que não conseguia ser perigoso. Os colombianos, cada vez mais nervosos, não conseguiam transformar sua posse em perigo e esbarravam no bom posicionamento do Atlético. O Galo tinha condições de contra atacar, mas errava as transições e dava a bola de graça ao La Equidad que, por mais que não finalizasse, causava apreensão na torcida alvinegra. Mas mesmo sem rondar a área dos donos da casa, o Galo conseguiu o seu gol num lance de bola parada. Réver subiu mais alto, cabeceou, o goleiro deu rebote e o mesmo Réver abriu o placar. Com a vantagem e com eficiência ofensiva, com poucas finalizações mas com um gol marcado, o Galo manteve sua estratégia defensiva e viu o La Equidad distribuir chutes e passes errados. O time alvinegro, apesar do gol, continuou sem conseguir realizar transições ofensivas, mas também continuou sólido atrás, o que resultou uma partida fraca, com poucas emoções, mas com o controle alvinegro.

Os Colombianos voltaram para o 2º tempo com a mesma estratégia ofensiva mas, percebendo sua dificuldade em criar o jogo, começaram a apostar em mais chutes de fora da área. Foi assim que conseguiram seu gol aos 2 minutos, quando Matías Mier finalizou forte de fora da área para empatar. O gol foi uma ducha de água fria na torcida atleticana, que via uma partida fraca, porém controlada. Mas uma nova ducha de água fria viria 3 minutos depois, mas dessa vez por parte dos Alvinegros, quando Chará aproveitou lance de escanteio e, de peixinho, recolocou o Galo na frente. O gol alvinegro foi uma resposta imediata, que situou o Galo de vez em uma excelente situação para passar de fase uma vez que, com o critério de gol qualificado válido, o La Equidad precisaria de virar o jogo para 4 a 2. O restante da partida marcou um time colombiano bem nervoso e um Atlético ainda inteligente, porém ainda sem conseguir levar tanto perigo, mas mesmo assim o Galo fechou o placar aos 30 minutos. Patric, Geuvânio e Ricardo Oliveira fizeram grande jogada coletiva pela direita e o camisa 9 encontrou Elias de fora da área, que bateu rasteiro e decretou a classificação alvinegra em terras internacionais. O Galo, mesmo sem intensidade e sem posse de bola, vencia mais uma vez o modesto La Equidad e se classificava às semifinais da Copa Sulamericana.

Foto: Bruno Cantini / Atlético

Opinião Final

A abordagem defensiva apresentada pelo Atlético na noite da última terça-feira (27) pode ter levantado algumas discordâncias, mas o consenso geral é de que a tática funcionou. Bem postado atrás, o Atlético anulou a equipe do La Equidad, que não entrou na área alvinegra e só conseguiu marcar um gol de fora da área, em chute de rara felicidade de Matías Mier. O Atlético nunca pareceu fora do controle do jogo e, por mais que tenha tido muito menos posse de bola que seu adversário, jogou melhor pelo simples fato de ser mais sólido. O grande problema do Galo na partida foi a falta de boas transições ofensivas, o que ocasionava a recuperação de posse do La Equidad. Chará, o mais acionado da primeira etapa, foi egoísta e leu errado as jogadas, devolvendo a bola para os colombianos. Ricardo Oliveira não conseguia prender a bola na frente, enquanto Vinícius e Cazares erravam muitos passes. Se o Galo fosse mais inspirado com a bola no pé, não teria sofrido com tão baixa posse de bola na partida. Já como pontos positivos podemos destacar novamente o sistema defensivo, sólido e quase intransponível, bem como Chará. Sim, o mesmo Chará que foi citado como um dos piores da partida. O camisa 8 atleticano mostrou que mesmo jogando mal é capaz de aparecer e ser decisivo, o que com certeza mostra a sua importância para o elenco atleticano. Rodrigo Santana também foi bem, ao escalar uma equipe que praticamente não sofreu sustos. O comandante atleticano também foi feliz ao colocar Geuvânio no jogo, já que o atacante teve participação direta no terceiro gol. O Galo enfrentará o Colón-ARG nas semifinais da Copa Sulamericana, e tem total capacidade de chegar à final no Paraguai. Vamos, Galo!

Ficha Técnica

LA EQUIDAD-COL 1 x 3 ATLÉTICO
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Estádio: El Campín- Bogotá (COL)
Data-hora: 27 de agosto de 2019, às 21h30
Árbitro: Esteban Ostojich(URU)
Assistentes: Gabriel Gopovits e Martin soppi(URU)
Árbitro de vídeo: Leodan González(URU)
Cartões Amarelos: Chará, Vinicius, Jair(ATL), Riquett, Pacheco(EQUI)

Gols: Réver, aos 19’-1ºT(0-1), Mier, aos 2’-2ºT(1-1), Chará, aos 5’-2ºT(1-2), Elias, aos 30’-2ºT(1-3)

LA EQUIDAD-COL: Nóvoa, Pacheco, Arboleda, Riquett e Torralvo; Motta(Mier, aos 25’-1ºT), Pablo Lima, Vargas, Barona(Jésus González, aos 34’-2ºT), Camacho(De Alba, aos 20’-2ºT) e Peralta. Técnico: Humberto Sierra

ATLÉTICO: Cleiton, Patric, Réver, Igor Rabello, Fábio Santos; Jair, Elias, Vinicius(Geuvânio, aos 20’-2ºT),Cazares(Otero, aos 39’-2ºT); Chará(Zé Welison 27’-2ºT), aos e Ricardo Oliveira Técnico: Rodrigo Santana.

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