Atlético vence no tempo normal, perde nos pênaltis e é eliminado da Sulamericana

O Jogo

Os primeiros 45 minutos foram de domínio total Atleticano que, empurrado pela Massa, era intenso e tinha a posse. O Galo dava velocidade pelos lados e arriscava infiltrações pelo meio, além de inversões que infernizavam a defesa argentina. Sem a bola, o Galo pressionava em bloco a saída de jogo do Colón e recuperava a posse com rapidez. Di Santo, muito voluntarioso, abria espaços e conseguia fazer o pivô, Cazares passava bem a bola, Chará e Luan davam amplitude para a equipe. Melhor na partida, o Atlético finalizava com perigo, obrigando o goleiro Burián a aparecer com intervenções precisas. Mas os argentinos não aguentaram. Di Santo aproveitou sobra dentro da área e chutou forte para abrir o placar. O justo 1 a 0 enlouqueceu a já atuante Massa Alvinegra, que cantou o hino do Clube Atlético Mineiro. O Alvinegro manteve o controle da partida, sufocando o Colón, e terminou o primeiro tempo vencendo de forma merecida.

Zé Welison substituiu Jair, a última parte dos 180 minutos de partida foi marcada por uma nova organização Atleticana dentro do jogo. O Galo trocou a intensidade pela marcação e saídas rápidas de contra-ataque. O Colón, ainda desligado no jogo, tinha a posse de bola adiantada, mas esbarrava nos desarmes atleticanos, enquanto o Atlético tinha dificuldade em contra-atacar e se livrar da marcação alta argentina. Mas quando conseguiu conectar um contragolpe, o Atlético foi mortal. Cazares conduziu sozinho desde a defesa até o ataque e abriu bola em diagonal para Chará, que bateu forte para o gol e saiu para comemorar. O Colón, dois gols atrás do placar, precisava de buscar pelo menos um gol para levar a partida aos pênaltis, e adotou postura ainda mais ofensiva. O Galo, com intuito de parar os argentinos, começou a abusar de faltas perto da área e, aliado a isso, ainda não conseguia sair de trás, seja com um passe, seja com um “——————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————–chutão”. Para piorar, o Atlético começou a deixar espaços em sua marcação pelo meio e permitiu que o time visitante chegasse mais próximo à área. Em uma dessas jogadas, Elias acabou cometendo um pênalti infantil dentro da área. O detalhe da jogada é que haviam pelo menos dois atletas Atleticanos cercando o atacante do Colón, o que deixa claro que Elias leu errado a jogada e tomou a decisão errada. Luís “Pulga” Rodríguez cobrou bem e fez o gol salvador do Colón. O restante do jogo foi marcado por um Atlético nervoso que começou a ceder contra-ataques para os “Sabaleros” do Colón, que não conseguiam aproveitar os espaços. A partida terminou com vitória do Atlético, mas com decisão nos pênaltis por causa do placar do jogo, igual ao placar da vitória do Colón na semana passada.

Wilson Morelo abriu a sequência de pênaltis, mas Cleiton defendeu no canto. Fábio Santos, apoiado pela torcida, converteu sua cobrança. Ortiz bateu forte e marcou para os argentinos. Vinícius, firme fez o seu pênalti. Chancalay cobrou no canto, Cleiton quase chegou, mas a bola entrou. Di Santo fez seu gol. Olivera, do Colón, também fez. Réver errou, cobrando no lado do goleiro. “Pulga” Rodríguez cobrou com categoria e fez o gol. A responsabilidade ficou para Cazares, que teve o pênalti final. Se errasse, o Galo estava fora. Se acertasse, o confronto iria para as cobranças alternadas. Mas Cazares bateu mal, no meio, e Burián defendeu para classificar o Colón para a final da Copa Sulamericana.

Opinião Final

O Atlético até quando perde, consegue surpreender e frustrar o seu torcedor de forma diferente. O Galo fez seu primeiro tempo perfeito, começou a segunda etapa marcando gol e esteve muito próximo de estar na final. O problema, mas uma vez, foi a incapacidade dos jogadores Atleticanos de controlarem a partida sem a bola, soando muito mais como um problema mental do que um problema de ordem tática. O alvinegro começou a cometer erros banais quando tinha a bola, como não dar “chutão” quando necessário, e arriscar passes complexos, que devolviam a posse para o Colón. Somado a isso, o time começou a ficar nervoso e a abrir espaços desnecessários, cometendo muitas faltas perto da área. O Colón praticamente não levava perigo com a bola dominada, mas levava perigo nas várias faltas que teve a seu favor, o que aumentou o domínio territorial e resultou no gol dos visitantes, num pênalti bobo cometido por Elias. O Atlético mais uma vez paga caro por ter um time irregular, jogadores incapazes de serem protagonistas decisivos e uma deficiência técnica evidente em alguns setores do campo. Graças a isso, as chances de título Atleticanas em 2019 terminaram de maneira melancólica.

Ficha Técnica

ATLÉTICO (3) 2×1 (4) COLÓN-ARG
Estádio: Mineirão
Data: 26 de setembro de 2019, às 21h30min
Árbitro: Andrés Rojas (COL)
Assistentes: Dionísio Ruiz e Carlos Herrera Bernal (COL)
VAR: Esteban Ostojich (URU)
Cartões Amarelos: Emanuel Oliveira (COL), Vinicius, Patric (ATL)

Gols: Di Santo, aos 38’-1º T (1-0), Chará, aos 4’-2º T (2-0), Luiz Rodriguez, aos 38’-2º T (2-1)

ATLÉTICO: Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Jair (Zé Welison-intervalo), Elias (Geuvânio, aos; Luan (Vinicius, aos 27’-2º T) e Cazares; Chará e Di Santo. Técnico: Rodrigo Santana

COLÓN-ARG: Leonardo Burián; Vigo, Guillermo Ortiz, Emanuel Oliveira e Gonzalo Escobar (Esparza, aos 16’-2º T); Federico Lértora, Rodrigo Aliendro (Bernardi, aos 9’-2º T), Fernando Zuqui, Marcelo Estigarribia (Chancalay aos 47’-2º T e Luís ‘Pulga’ Rodriguez, Wilson Morelo. Técnico: Pablo Lavallén.