Atlético domina Botafogo e vence a última partida do ano no Mineirão

Nessa quarta- feira, 4, o Galo enfrentou o Botafogo, no Mineirão. O Atlético venceu sua última partida em casa, neste ano, por 2 a 0, com gols de Jair e Luan.

O Jogo

O Galo foi a campo com algumas alterações. Guga voltou à lateral direita e Patric foi para a esquerda, substituindo Fábio Santos, que estava suspenso. Luan começou no banco, com Otero voltando a titularidade.

O Galo começou sofrendo algumas pressões, mas rapidamente se organizou e passou a levar perigo na área do Botafogo. As investidas pelas laterais funcionaram, principalmente pela direita com Marquinhos e Guga, enquanto Jair e Zé Welison davam consistência para o meio de campo e Cazares tentava jogadas de efeito.

Marquinhos que estava bem no jogo, sentiu uma dor no início do 1º tempo e foi substituído pelo Luan. O time mandante passou a dominar o jogo e ser o único a levar perigo, estando mais próximo de marcar primeiro. Aos 33′ da etapa inicial Réver balançou a rede do Botafogo, mas o zagueiro estava impedido e teve seu gol corretamente anulado. Após 8 minutos desse lance, Guga recuperou bola no campo de defesa e começou uma grande jogada. Tocou para Cazares, que driblou seu marcador e tocou rasteiro para a área, encontrando Jair, que não desperdiçou. O camisa 88 explodiu de emoção junto com a torcida, mas os olhares rapidamente se voltaram para Guga, visivelmente emocionado após se recuperar da desconfiança dos torcedores, devido ao seu infeliz episódio com o Flamengo. O gol saiu perto do fim do primeiro tempo, aos 41′, mas o Atlético teve mais algumas chegadas com perigo, encontrando espaços principalmente no miolo da zaga botafoguense. O placar se manteve em 1 a 0, até a hora do intervalo.

Foto: Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético

O panorama da partida não mudou nos 45 minutos finais, e o Galo continuou a levar perigo. O Botafogo ensaiava uma pressão, mas parava na zaga atleticana, que estava concentrada e não cometia erros.

O jogo tornou-se favorável a contra-ataques, já que o Botafogo atacava mas estava pouco inspirado. Vágner Mancini mudou o sistema ofensivo, sacando o centro-avante Di Santo e colocando Geuvânio, para posicionar Cazares mais avançado pelo meio. A arriscada mudança surtiu efeito e o Galo ganhou intensidade em seus contra-ataques, uma vez que Di Santo estava lento na partida.

O Atlético esteve confortável e seguro, e com méritos conseguiu seu segundo gol. Patric, pela esquerda, descolou um ótimo cruzamento e Luan apareceu na pequena área para cabecear para o gol, sem chances para o goleiro “Gatito” Fernández. O gol deu justiça ao placar, e o Atlético ainda teve mais chances de ampliar, sempre na estratégia de contra-atacar o fraco e exposto Botafogo.

Os cariocas tiveram duas chances em momentos de desatenção do Atlético, mas Cleiton não deixou sua defesa ser vazada. O Galo se recuperou desses poucos – porém perigosos – momentos de desatenção, e segurou com consistência o resultado nos minutos finais.

Opinião Final

O Galo venceu com tranquilidade o Botafogo e se garantiu na Copa Sul- Americana. O torcedor alvinegro pode pensar por que o time não conseguiu jogar mais partidas, como a da noite de quarta-feira (4). A resposta é simples: nosso time é muito irregular.

Ao longo da temporada vimos o alvinegro fazer excelentes partidas, mas praticamente se “esquecer” de como jogar futebol em outras. Existe também o fator pressão, que era quase zero nesse embate. Se fosse uma partida de maior pressão, talvez o desempenho não tivesse sido este. Mas, falando do jogo especificamente, o Atlético realmente dominou seu adversário.

Jair e Zé Welison impressionaram por sua mobilidade e evolução, já Cazares e Luan, que muitas vezes deixaram a desejar na temporada, realmente foram importantes nessa reta final de campeonato. Vágner Mancini também acertou ao fazer o simples e não sobrecarregar o time com apenas um volante. O desempenho e a consistência cresceram no esquema com dois volantes e o time, como um todo, rendeu melhor.

Agora, que já estamos classificados para a Copa Sul-Americana e não temos mais risco de rebaixamento, teremos a tranquilidade necessária para realizar a também necessária reformulação. É hora de estudar, analisar e ter pulso para mudar o elenco, dispensando aqueles jogadores que não têm vontade e capacidade de jogar no Clube Atlético Mineiro. Precisamos montar um planejamento profissional no futebol. Em 2020 deveremos almejar mais exibições, como a partida contra o Botafogo.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 2 X 0 BOTAFOGO

Estádio: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data/Hora: 4 de dezembro de 2019, às 19h30
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS) – Nota L!: 6,0 – Não chamou atenção em um jogo tranquilo.
Assistentes: José Eduardo Calza (RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
Cartões amarelos: Cícero, Luiz Fernando, Diego Souza (BOT)

GOLS: Jair 40’1ºT (1-0 CAM), Luan 23’2ºT (2-0 CAM)

 

ATLÉTICO: Cleiton; Guga, Igor Rabello, Réver e Patric; Jair (Vinícius, 35’/2ºT) e José Welison; Otero, Cazares e Marquinhos (Luan, 33’/1ºT) ; Di Santo (Geuvânio, 26’/2ºT). Técnico: Vagner Mancini

BOTAFOGO: Gatito Fernández; Marcinho, Marcelo Benevenuto, Joel Carli e Lucas Barros; Cícero (Wenderson, 38’/2ºT), João Paulo e Leo Valencia (Luis Henrique, 11’/2ºT); Luiz Fernando (Vinícius Tanque, 26’/2ºT), Diego Souza e Rhuan. Técnico: Alberto Valentim

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