Quarenta e nove anos do título Brasileiro de 1971. Será que ainda existe o amor ao futebol?
No último sábado (19), completou 49 anos de um dos principais títulos da história do glorioso Clube Atlético Mineiro.
O título do Campeonato Brasileiro de 1971, que tinha Renato, Humberto Monteiro, Grapete, Vantuir, Oldair, Vanderlei, Humberto Ramos, Ronaldo, Lola, Spencer, Tião, Dadá Maravilha e outros heróis daquela conquista.
Nessa época ainda se jogava por amor ao futebol. Não tinha o dinheiro que tem hoje, não tinha a mídia que tem nos tempos de hoje com a internet. Mas hoje não tem duas coisas importantes que tinham muito naquela época. A qualidade técnica e o amor ao futebol.
Hoje o que vemos são jogadores fracos tecnicamente, que saem das categorias de base sem saber fundamentos básicos, como dar um toque correto na bola, ou saber chutar. Pelo incrível que pareça, mesmo com tanta estrutura, os jogadores tem uma qualidade técnica pífia, ganham rios de dinheiro e se preocupam mais com postagens de instagram. Muito diferente dos jogadores das décadas passadas.
Mesmo com tantos obstáculos que os jogadores do passado tiveram a essência do futebol estava lá, essência que não vemos nos jogadores de hoje. Jogar com o coração na ponta da chuteira foi determinante para aquele grupo de jogadores liderados pelo saudoso Tele Santana pudesse conquistar o então primeiro título do Campeonato Nacional.
O Dadá por exemplo, estava com o pé inchado naquele jogo chave contra o Botafogo no Triangular Final. E foi graças a teimosia e o amor ao futebol que o ídolo alvinegro tinha, fez ele entrar em campo sem está 100%, mas mesmo assim conseguiu fazer seu 15° gol na competição, o emblemático gol do título com o queixo no peito mais famoso do futebol mundial.
Histórias de superação como essa do Dario é raramente vista no futebol dos tempos de hoje.
Uma das coisas fundamentais para quem quer ser Campeão com a camisa do Atlético é jogar com muita raça e amor, como já diz o nosso hino. Mas será mesmo que os atuais jogadores do Atlético tem essa tal dedicação? Esse amor ao futebol? Essa superação? Esse coração no bico da chuteira. Será que realmente se comovem com o torcedor no aeroporto em plena pandemia só para poder apoiar o time e eles poderem jogar com essa dedicação ao torcedor que tanto sonha pelo Bicampeonato Brasileiro? Será que os atuais jogadores conhece a história do Clube Atlético Mineiro? Será que sabe dessa grande obsessão que temos que é vencer, vencer, vencer. Pois esse é o nosso ideal.
Perguntas que eles respondem para nós torcedores dentro de campo da pior forma possível. Em momentos chaves no Brasileiro desse ano vimos o Atlético bem perto de se consolidar como grande líder da competição abrindo vários pontos de vantagem. O que permitiu a nós torcedores de nos iludirmos com esse sonhado título. Mas na hora de realmente decidir, de colocar o coração na ponta da chuteira, vemos um time acomodado, apático, sem nenhuma evolução ou capricho nas finalizações. Com uma defesa que nunca corrige seus próprios erros. É claro que o treinador tem sua parcela de culpa, assim como a Diretoria. Lembremos também que a Diretoria fez um grande esforço para trazer ótimos investidores para o clube que gastou mais de R$200 milhões só nessa temporada.
Muitos vão dizer que é apenas o primeiro ano do projeto e que o planejamento desse ano era só classificar para a Libertadores.
Mas e os jogos contra o Botafogo, Fortaleza com um jogador a mais, a virada do Bahia. As derrotas para o Athletico Paranaense, Palmeiras e principalmente para a última derrota para o São Paulo, num jogo pífio dos jogadores e do treinador, onde o Galo foi facilmente vencido por 3 a 0. Em um jogo tão importante que poderia colocar o Galo a 1 ponto a menos do líder.
Ai vem aquela pergunta, os jogadores do Atlético que vem recebendo em dia em plena crise na pandemia, com torcedores apoiando o time lotando o aeroporto, com o esforço da Diretoria em manter todos vencimentos em dia. Será que tanto esforço de todos não façam os atuais jogadores do Atlético pelo menos jogar com amor a camisa e ao futebol?
As chances matemáticas que eram grandes, hoje se resume a uma chance mínima depois de tantas displicência por parte dos jogadores do Atlético.
Estamos comemorando 49 anos do título Brasileiro e a pergunta que fica no ar; será mesmo que voltaremos a ver o glorioso Clube Atlético Mineiro ganhar um Campeonato Brasileiro com jogadores que jogam por amor ao futebol e que realmente conheçam a essência da torcida e da instituição?
Os elencos vencedores de 1971 e de 2013 provaram que para ser CAMpeões no Galo, precisam jogar com muita raça e com muito amor. Se os jogadores não conhecer a essência do que é Clube Atlético Mineiro, jamais marcaram os seus nomes na história dessa instituição gloriosa de 112 anos.
A torcida merece essa alegria de voltar a soltar o grito de CAMpeão Brasileiro.
Obrigado elenco de 1971 e parabéns pelos 49 anos da conquista do primeiro e principal Campeonato Nacional.
Esporada neles Galo!