Em jogo de altos e baixos, Galo empata com Palmeiras em São Paulo

O Clube Atlético Mineiro testa o seu torcedor. Transforma jogos fáceis em verdadeiras finais de campeonato, e consegue bons resultados nos jogos em que não é favorito. Mas, apesar do bom empate contra o Palmeiras, nem tudo foi bem.

O Jogo

Rodrigo Santana ousou na escalação inicial, escalando um sistema com três zagueiros, com Guga e Fábio Santos nas laterais, com Nathan e Elias começando as jogadas por trás. Com tal formação, Cazares perdeu o espaço na equipe, com o Galo armando uma proposta de rapidez no contra-ataque e mais verticalidade com a bola. O Palmeiras não compreendeu a tática do Galo e não conseguiu levar tanto perigo assim. O Galo, sem o domínio da posse de bola, fazia um bom jogo sem a bola e era perigoso nas transições de Otero e Luan, com Nathan e os laterais aparecendo para o jogo. Di Santo, voluntarioso, aparecia na área, mas perdeu grande chance aos 14 minutos, cabeceando sozinho para fora. O Galo se tornou o time mais perigoso em campo, mas não fazia o gol. Até que, aos 48 minutos, no último lance da primeira etapa, o Alvinegro abriu o placar. Guga achou Nathan no meio, que avançou para cima da desprotegida zaga Palmeirense, driblou duas vezes e bateu bem, vencendo o goleiro Weverton. O gol atleticano deu justiça ao placar e fez do Galo a equipe vencedora da primeira etapa de maneira surpreendente, ainda mais pela exibição.

Os 45 minutos finais foram diferentes no Allianz Parque. Embora o Palmeiras não tenha mudado sua estratégia, o Galo retornou mais defensivo e se limitando a defender. Tal estratégia trouxe prós e contras para a exibição Atleticana. O ponto positivo é que o Galo se defendia bem, e o Palmeiras começava a ficar nervoso dentro de campo, enquanto o lado negativo era a falta de presença ofensiva do Atlético, que abdicava de ser perigoso para manter o 1 a 0. E, para piorar, o Galo não conseguia sair jogando ou se livrar da bola de forma segura, mantendo o Palmeiras no seu ataque. Some a isso a saída de Luan, com cãibras, que deu lugar para Maicon, e Di Santo que saiu cansado para a entrada de Ricardo Oliveira. O Galo perdeu a força que tinha pela esquerda e passou a torcer pelo fim do jogo. Maicon entrou mal, errando decisões e falhando no momento defensivo. Dudu, do Palmeiras, era o homem mais perigoso em campo e levava o Palmeiras em suas costas, participando da maioria das jogadas ofensivas de perigo. O Galo foi se segurando na defesa, até que a estratégia ruiu aos 37 minutos. O Palmeiras armou uma linda jogada e Gustavo Scarpa serviu Dudu, que mandou para o fundo das redes. O gol causou desespero na torcida Atleticana, que já se preparou para o pior. E o final da partida foi tenso, com atleticanos apreensivos com o Palmeiras no ataque, e palmeirenses apreensivos com os espaços deixados na defesa que poderiam ocasionar contra-ataques para o Galo. Mas o Atlético conseguiu segurar o marcador e saiu com um empate contra o vice-líder do Campeonato Brasileiro.

Foto: Bruno Cantini / Atlético

Opinião Final

O atleticano que não assistiu o jogo irá dizer que o empate foi um resultado bom, ainda mais considerando a fase atual do nosso Galo. Já o Atleticano que assistiu os 90 minutos do confronto dirá que o empate foi frustrante, pois o Galo conseguiu surpreender e jogar melhor que o Palmeiras durante todo um tempo, mas abdicou do jogo e levou um empate já nos minutos finais. Ambos estão corretos. O Galo sai de São Paulo com 1 ponto inesperado, com um Rodrigo Santana ousado e com momentos de domínio para cima do Palmeiras. Só que o Atlético repetiu os mesmos erros de sempre, se recuando demais, não conseguindo sair da pressão adversária e cometendo erros individuais frustrantes. Embora o gol de Dudu tenha sido mérito total do Palmeiras, a pressão exercida pelos paulistas se deveu também a esses e outros erros do Atlético. Maicon (que não é Bolt) e Fábio Santos decepcionaram de novo. Mas se há um lado positivo nisso tudo, podemos dizer que nosso treinador finalmente mudou o esquema e o time reagiu bem a isso. Que Nathan tem demonstrado bom futebol, e que Guga conseguiu lidar bem com a pressão de substituir o até então titular Patric. Copo meio cheio ou copo meio vazio, a Massa esperará por cada vez mais futebol, e que a partida contra o Palmeiras tenha sido o início de uma recuperação na temporada.

 

Ficha Técnica

PALMEIRAS 1 X 1 ATLÉTICO-MG

Estádio: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Data/hora: 6/10/2019 – 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Rafael Traci (SC)
Assistentes: Henrique Neu Ribeiro (SC) e Alex dos Santos (SC)
VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
Cartões amarelos: Gustavo Gómez, Dudu, Deyverson (PAL) e Cleiton, Luan, Di Santo, Léo Silva (CAM)

GOLS: Nathan 47’/1ºT (0-1) e Dudu 37’/2ºT (1-1)

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Raphael Veiga 36’/2ºT) e Bruno Henrique; Dudu, Lucas Lima (Deyverson 14’/2ºT) e Willian; Borja (Gustavo Scarpa 24’/2ºT). Técnico: Sidnei Lobo.

ATLÉTICO: Cleiton; Guga, Maidana, Léo Silva, Igor Rabello e Fábio Santos; Nathan (José Welison 44’/2ºT), Elias, Otero e Luan (Maicon 19’/2ºT); Di Santo (Ricardo Oliveira 25’/2ºT). Técnico: Rodrigo Santana.

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