Atlético sai na frente, mas erra demais e cede empate ao Bahia

O Jogo

Embora o Bahia tenha tido chances claras de gol com Gilberto logo nos minutos iniciais, foi o Atlético que começou melhor o embate na Arena Fonte Nova. A formação ofensiva com quatro jogadores de ataque dava resultado e o time triangulava pelas pontas e abrindo espaço pelo meio. Só pecava na finalização, errando o passe final antes de finalizar rumo ao gol. Sem conseguir fazer o gol, o Galo também foi incapaz de manter um bom início. As boas triangulações deram lugar para os erros de passe e a intensidade foi substituída pela confusão. Cazares não conseguia mais organizar o jogo e errava passes simples. Otero, antes válvula de escape na esquerda, não conseguia mais atacar e recompunha mal, deixando muito espaço para o Bahia atacar em suas coisas. Marquinhos lutava muito, mas não recebia apoio ofensivo e Di Santo era inoperante e estava mal fisicamente. O time baiano, por sua vez, encontrava espaços no meio de campo para agredir, mas também errava transições e o último passe. Seu destaque, porém, fazia jogadas de efeito. O jovem Artur infernizou a defesa atleticana e criou oportunidades que foram desperdiçadas por seus companheiros. O primeiro tempo equilibrado e de momentos distintos de domínio terminou 0 a 0.

O Bahia voltou melhor para o segundo tempo e o Atlético voltou muito mal. O Galo errava tudo o que tentava, inclusive passes e movimentações simples, e deixava cada vez mais espaços no meio e nas pontas. O Bahia só parou nas defesas de Cleiton e nas interceptações da zaga no último instante antes de finalizar. O Galo dava chutões e abusava do jogo direto, pouco aproveitando passes curtos e compactação. O Galo acabou tirando primeiro o zero do placar. O ex-atleticano Juninho, aos 12 minutos, errou saída de jogo e deu a bola no pé de Cazares. O equatoriano avançou, cortou o zagueiro na corrida e marcou um lindo gol. Com um gol de vantagem, o Galo poderia tentar controlar o jogo e compactar suas linhas, mas manteve a formação ofensiva e muito espaçada, com jogadores já cansados. Como consequência, o Galo viu o Bahia dominar a partida e explorar bastante as jogadas pelas laterais. 10 minutos após o gol Atleticano, veio uma bola cruzada na área mineira e Élber, sozinho no meio dos zagueiros, mandou para o gol. Com o gol sofrido e muito tempo de jogo pela frente, o Galo sofreu bastante para parar o ímpeto dos baianos e, para piorar, o Alvinegro continuava errando passes e o posicionamento, deixando o cenário favorável para a virada baiana. Jair sentiu uma lesão e foi sacado para a entrada de Martínez, Luan saiu para a entrada de Vinícius, e Leonardo Silva entrou no lugar de Cazares. Esta última substituição do treinador Vágner Mancini causou muita controvérsia entre a torcida. Taticamente, o Galo continuou com dois zagueiros em campo e Réver avançou para jogar ao lado de Ramón Martínez no meio de campo. A alteração deu algum resultado pois o Galo interceptou alguns passes no meio de campo, mas não mudou o ânimo Atleticano, que foi incapaz de marcar mais um gol. O árbitro Thiago Duarte Peixoto apitou o fim de jogo para baianos e mineiros, e o empate frustrou ambas as equipes.

Foto: Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético

Opinião Final

O Atlético protagonizou mais um show de horrores para seu torcedor. Embora tenha começado melhor no jogo e parecesse mais perto do gol, sofreu uma queda de desempenho gritante durante os 90 minutos. Vágner Mancini manteve a formação com mais homens de frente e o time rendeu por alguns minutos, mas, na maioria do jogo, o Galo causou angústia em à torcida. Espaçado, deixava o campo livre para o Bahia atacar. E no ataque, errava passes simples e armava contra-ataques para o tricolor baiano. Com jogadores cansados em campo, o Atlético não mudou sua proposta tática e apostou em passes diretos para o ataque que não surtiam efeito. Se enfrentasse um adversário melhor, o Alvinegro teria perdido de goleada. Tivemos sorte. Sorte por pegar uma equipe em má fase, sorte por ver aquela bola de Gilberto ser tirada por Fábio Santos em cima da linha, sorte de enfrentar o zagueiro Juninho, que praticamente deu um gol de graça para Cazares. Infelizmente, os jogadores não conseguem vencer ou marcar gols por méritos próprios, mas não sabemos até onde essa sorte vai nos levar e por quanto tempo salvará o Atlético da derrota. O torcedor atleticano deverá, mais do que nunca, agarrar este clube e empurrá-lo com toda a fé em busca dos 3 pontos que faltam para extinguir o risco de rebaixamento nestas 3 rodadas finais de campeonato.

Ficha Técnica

BAHIA 1 X 1 ATLÉTICO
Local
: Arena Fonte Nova-Salvador (BA)
Data e hora: 26 de novembro de 2019, às 21hs
Arbitragem: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Daniel Luis Marques e Daniel Paulo Ziolli (SP)
VAR: José Cláudio Rocha Filho (SP)
Cartões Amarelos: Flávio (BAH), Otero (CAM)

Gols: Cazares, aos 8 minutos do 2º tempo (0-1), Élber, aos 18 minutos do 2º tempo (1-1)

BAHIA: Douglas; Nino Paraíba, Wanderson, Juninho e Moisés; Gregore, Flávio, Lucca (Arthur Caike-intervalo) e Artur, Élber (Fernandão, aos 29’-2ºT) e Gilberto. Técnico: Roger Machado

ATLÉTICO: Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Jair (Ramón Martínez, aos 20’-2ºT), Luan (Vinicius, aos 30’-2ºT), Otero, Cazares (Leonardo Silva, aos 35’-2ºT), Marquinhos e Di Santo. Técnico: Vagner Mancini.

 

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