Entrevista exclusiva com o eterno artilheiro do Atlético Renaldo

O Espora 13 comemorou 8 anos de existência com uma presença ilustre. O ex jogador do Atlético Renaldo participou da Live de aniversário do canal, respondendo algumas perguntas dos membros. É algo muito emocionante poder falar com um ídolo do time do coração e o Espora 13 trouxe essa emoção para os torcedores ao vivo.

Não tinha forma melhor para começar a entrevistar um ícone do passado senão relembrando os seus maiores feitos. O craque da década de 90 levou o Galo ao título do Campeonato Mineiro de 1995, sendo o artilheiro daquela edição. Artilharia essa que teve gosto especial pelos gols marcados em cima do arquirrival Cruzeiro na grande final. As atuações do atacante fizeram sucesso e logo caiu nas graças do torcedor.

Confira algumas das perguntas respondidas e conheça um pouco mais desse grande jogador:

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– Você sempre foi um jogador de muitos gols e muitos deles foram de pênalti. Também foram muitos gols de cabeça, mesmo não tendo uma estatura tão alta. Você que era especialista nesses fundamentos, como era sua preparação antes do jogo?

“Bater pênalti sempre foi um dom, tinha muita facilidade para guardar. Mas eu me especializei muito por ter treinado com o Taffarel, porque ele me passava muitas dicas. Além disso, pra fazer gols de cabeça também tive um grande professor que foi Dadá Maravilha, um especialista em jogo aéreo que me deu muitas dicas. E somado a isso eu tinha muita velocidade para ganhar dos zagueiros.”

– O Atlético sempre teve no seu time principal centroavantes goleadores. Hoje a diretoria busca um jogador para essa posição. Você acha que a posição de camisa 9 está em falta no futebol brasileiro?

“O centroavante é tradição no Atlético. Desde Reinaldo, Dadá, eu, Guilherme e outros que vieram isso já é tradição. Mas não é só no futebol brasileiro, no futebol mundial está escasso o matador de área porque os treinadores como o próprio Sampaoli procuram jogadores mais rápidos e de movimentação, por isso o Galo está tendo trabalho pra encontrar esse jogador pra vestir a camisa e assumir a responsabilidade.”

– Hoje o futebol movimenta milhões em dinheiro na venda de jogadores. Na sua opinião quanto valeria o Renaldo hoje?

“Eu acho que iria valer muito dinheiro. Porque um jogador que faz muitos gols e principalmente muitos gols em cima do Cruzeiro ele dobra o valor. Em 8 clássico fiz 7 gols, fui artilheiro do Campeonato Mineiro e do Brasileiro. Só aí você já vê.”

– Como foi ser artilheiro do Campeonato Brasileiro em 96, disputando artilharia contra feras como Romário?

“O Atlético não tinha um artilheiro há 14 anos e eu quebrei essa sina. Eu sou muito feliz por ter usado a camisa do Galo. Foi lá que conquistei minha convocação pra Seleção Brasileira, onde iria bater de frente com Romário, Bebeto, Edmundo, Ronaldo e vários outros. Eu queria ter ganhado o Brasileiro com a camisa do Galo, daí seria um dos maiores ídolos da torcida.”

– Nos anos 90 o Galo não tinha grandes estruturas de treinamento como é a Cidade do Galo hoje, um centro de referência para os times da América do Sul. Qual a diferença de se treinar na estrutura dos anos 90 para a estrutura de hoje em dia?

“A diferença é enorme! Na minha época não tínhamos campo pra treinar, não tinha material, as chuteiras eram uma tristeza… hoje os caras treinam em estrutura do nível de Real Madrid e Barcelona. E sem falar do dinheiro, porque antes a gente fazia gol e ganhava pouco, os caras de hoje ganham bem. Mas eu tinha muito amor pela torcida do Galo. Eu jogava com alma e ver os 80 mil ou mais torcedores empurrando o time era o gás que precisava. Jogar com essa camisa é mais fácil porque o torcedor te ajuda com a energia da arquibancada.”

Imagem Reprodução: TV Espora 13

– Quais as diferenças você viu entre o futebol espanhol e o brasileiro na época?

“Foi uma grande experiência ter jogado no La Coruña, ao lado de grandes jogadores. Mas o time não tinha a estrutura dos europeus de hoje. Não consegui jogar muito lá pelos problemas familiares que tive, questão de saúde… mas o futebol era diferente, usavam líbero, jogavam em linha. Também tive a segunda passagem pela Espanha, quando subi com o Las Palmas pra primeira diviso e joguei bem.”

– Você lembra de um jogo que o Galo ficou sem goleiro e não podia mais fazer substituição e que você foi pro gol, fazendo uma grande defesa?

“Lembro sim, foi o dia que salvei o Taffarel que tinha sido expulso. Assim que ele saiu eu fui pro gol e o cara deu um chute no ângulo e eu peguei de mão trocada. Foi uma grande defesa.”

– Que conselho você daria para os jogadores da base do Atlético?

“Joguem com amor pelo Atlético Mineiro, faça sua história por esse time que todo clube vai querer você como jogador. Agrade a torcida do Atlético, jogue pelo time que as portas do mundo vão se abrir pra você.”

– Renaldo, qual sua expectativa com o time atual, com as contratações e o técnico Jorge Sampaoli?

“Eu sou torcedor do Atlético e tenho sim muitas expectativas com esse time. Boas contratações, treinador vencedor, jogadores jovens… quero muito ver o time jogar e também quero jogar lá na Arena MRV porque tenho muitas expectativas.”

– Nas suas voltas pelo futebol teve algum treinador que marcou sua carreira?

“O Levir Culpi foi o cara que me tirou de uma fase muito ruim. Ele chegou pra mim e disse que contava comigo e me colocou pra jogar. Essa volta por cima foi um dos meus melhores momentos e agradeço muito por isso.”

Imagem Reprodução: TV Espora 13

– Pra finalizar, você já teve vontade de ser treinador de futebol?

“Cara não tenho vontade de ser treinador. O futebol hoje não me atrai, prefiro continuar só como comentarista e torcedor!”

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