Eliminado invicto! Galo luta, mas empata com Palmeiras e é eliminado da Copa Libertadores

O Jogo

O futebol é como a vida. Tudo está por um fio. A mais simples e aleatória ocasião pode mudar toda uma história, e a distância do céu para o inferno pode estar por quilômetros, ou apenas por centímetros.

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Foto: Mineirão / Agência i7

Este foi o roteiro dos últimos 90 minutos da semifinal da Libertadores. Galo e Palmeiras travaram novo duelo equilibrado, recheado de emoções. O Palmeiras começou o jogo buscando controlar a posse de bola, e reduzir os espaços. O Atlético, empurrado por sua torcida, não aliviava na marcação e tentava saídas de jogo mais objetivas e diretas.

Com as estratégias claras em campo, o Atlético começou a tomar as rédeas do jogo. A busca era sempre por jogadas abertas, com Arana e Mariano tabelando com Vargas e Hulk. Com a linha defensiva muito adiantada, Nathan Silva e Alonso também davam opção. A primeira chance do jogo veio após erro de passe de Luan, em seu campo defensivo. Vargas avançou com muito espaço, mas preferiu tocar para Hulk em vez de chutar. A bola ficou longa demais, e os Atleticanos perderam grande oportunidade.

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Foto: Mineirão / Agência i7

A Massa Alvinegra não parava de cantar. Mas o Palmeiras levou grande susto em contra ataque rápido, em que Piquerez recebeu nas costas da zaga e finalizou muito perto do gol de Everson. Essa foi uma das raras investidas do Palmeiras, que focava unicamente em defender e contra atacar. O jogo voltou a ser equilibrado, ficou truncado, cheio de faltas. O árbitro da partida, Wilmar Roldán, enfurecia os torcedores ao marcar faltas em demasia para o Palmeiras, e não para o Galo. Nacho criou mais uma boa oportunidade, mas chutou cruzado, para fora. Nada de gols no terceiro de quatro rounds entre mineiros e paulistas.

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Foto: Mineirão / Agência i7

Sabendo de sua situação no jogo, o Atlético voltou mais vibrante para o último tempo diante do Palmeiras. Embalado por uma torcida que nunca parou de cantar, rondou a área palmeirense e, efetivamente, foi perigoso. A pressão surtiu efeito, e, aos 6 minutos, Jair recebeu de Mariano, foi ao fundo e cruzou para Vargas cabecear e tirar o zero do placar. O chileno, alvo de protestos da torcida pro seus erros em campo, comemorou muito e foi abraçado por seus companheiros. Era tudo o que a Massa queria, e o Mineirão veio abaixo.

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Foto: Mineirão / Agência i7

O Palmeiras não tinha outra alternativa que não fosse atacar, e contou com momentos de desatenção do Atlético para levar perigo. Os avanços de Dudu e Rony só eram interrompidos por Nathan Silva e Alonso, firmes no momento final das jogadas adversárias. Vargas teve a chance de fazer mais um gol, e abrir um 2 a 0 “relâmpago”, que praticamente definiria as classificação. O chileno, no entanto, perdeu chance clara e cristalina cara a cara com Weverton.

Um mata-mata pode ser cruel, ainda mais numa semifinal. O gol perdido por Vargas fez diferença minutos depois. Mesmo com a vantagem, o Atlético continuou aberto, Gabriel Verón recebeu na esquerda, e contou com falha de interceptação de Nathan Silva para invadir a área. Livre de marcação, o atacante serviu Dudu, que só escorou para as redes. Golpe duro para um time que não foi decisivo em um duelo equilibrado.

Cuca lançou seu time para o ataque, e tirou Jair para a entrada de Sasha. O Atlético se lançou para o ataque, e criou algumas situações de perigo. Na cobrança de falta de Nacho, Weverton espalmou. Em cruzamentos para a área, Vargas e Hulk cabecearam para fora. Réver entrou na partida para buscar aproveitar os “chuveirinhos” na área, mas não obteve sucesso. O Galo foi empurrado por sua torcida, na base do “Eu Acredito”, mas o futebol, tão alegre na atual temporada Alvinegra, foi cruel. Fim de jogo, novo empate, mas classificação do Palmeiras por causa do obsoleto critério de gols fora de casa.

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Foto: Pedro Souza / Atlético

Copo meio cheio ou Copo meio vazio?

Ser eliminado da Libertadores tão perto da final é doloroso. É ainda mais doloroso falhar em lances capitais. O pênalti perdido por Hulk em São Paulo, o gol incrível perdido por Vargas quanto o placar estava 1 a 0, a falha defensiva no gol de Dudu… Para um time acostumado a ser sólido, são erros que apareceram no momento errado. Porém, não há terra arrasada. O Atlético termina a Libertadores invicto, eliminado no limite do regulamento. Sofreu apenas 4 gols, e segue muito forte na Copa do Brasil e Brasileirão. Caso os “erros pontuais” sejam corrigidos, a Massa será muito feliz nesta temporada. Há muito o que acontecer ainda. Com fé no pé, devemos acreditar. Não precisamos de nenhum “milagre” para chegar até aqui.

Próximo jogo do Atlético será contra o Internacional pela 23° rodada do Campeonato Brasileiro. E o Atlético pode anunciar a qualquer momento a venda de ingressos de 30% da capacidade do Mineirão, que da pouco mais de 18 mil torcedores. O Atlético lidera o Brasileirão com 46 pontos, 8 pontos a mais que o vice-líder Palmeiras. O Galo está com 99,91% de chance de se classificar para a Libertadores de 2022, ano que vai marcar a inauguração da Arena MRV, e possui 81,8% de chance de título do Brasileirão.

Como o Cuca falou na entrevista de pós-jogo;

“Fica uma dor de ter sido eliminado muito grande, sair invicto de uma competição, a melhor defesa, um dos melhores ataques, melhor campanha. Mas fica muita coisa boa, então não é porque você foi eliminado numa competição, empatando duas partidas, que vai se mudar alguma coisa. Pelo contrário, vai nos fortalecer ainda mais, já foi conversado lá dentro. Saber perder faz parte do jogo e, para você ganhar lá na frente, tem que ter o luto de um dia no máximo, porque depois de amanhã já tem que estar com a guarda alta dentro das outras competições que a gente está.”

Disse o treinador do Atlético.

 

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO 1 x 1 PALMEIRAS
Data/Hora: 28 de Setembro de 2021, às 21h30 (Brasília)
Local: Mineirão
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Assistentes: Alexander Guzmán e John Leon (COL)
VAR: Andrés Cunha (URU)

Cartões amarelos: Nathan Silva (CAM); Marcos Rocha, Deyverson, Luan, Abel Ferreira e Felipe Melo (PAL)

Gols: Eduardo Vargas (6’/2ºT) (1-0) e Dudu (28’/2ºT) (1-1)

ATLÉTICO: Everson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Tchê Tchê), Jair (Savarino), Zaracho (Sasha) e Nacho (Réver); Hulk e Eduardo Vargas. Técnico: Cuca

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha (Gabriel Menino), Luan, Gustavo Gómez, Renan e Piquerez; Felipe Melo, Danilo e Raphael Veiga (Wesley); Dudu (Zé Rafael) e Rony (Gabriel Veron). Técnico: Abel Ferreira

 

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