Empurrado pela Massa, Galo vira contra o Zamora na Libertadores

Foto: Atlético/Bruno Cantini/Pedro Souza

O Galo enfrentou o Zamora, no Mineirão, no último dia 3, jogo válido pela 3ª rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América. A Escalação foi: Victor, Guga, Réver, I.Rabello, F.Santos; Zé Welison (Nathan), Elias (Vinicius), Cazares; Luan (Jair), Maicon Bolt, Ricardo Oliveira.

O Galo começou o jogo empurrado pela Massa, que, em peso, mostrava que naquele jogo era vencer ou vencer. O time tentava pressionar, mas jogava muito adiantado e desorganizado. Até finalizava ao gol, mas dava muitos contra-ataques. Neste cenário, Luan acertou uma bola na trave após erro da zaga venezuelana. No contra-ataque, porém, o Zamora chegou, o Galo não conseguiu marcar e Gallardo completou cruzamento de cabeça. Um inacreditável 0 a 1 sofrido, mas justo. Daí em diante, o Atlético ficou muito nervoso. Ainda desorganizado e muito adiantado, passou a errar as tramas ofensivas e deu mais espaço para os visitantes. O Zamora encontrava um espaço excessivo no seu lado direito de ataque, defendido pelo atleticano Fábio Santos. Até que, perto do fim do primeiro tempo, um novo contra-ataque do Zamora deixou seu atacante na cara do gol. Inteligente, rolou a bola para Paiva fazer o 0 a 2. Resultado inaceitável, torcida revoltada e um final de primeiro tempo cheio de merecidas vaias. O torcedor atleticano não aguentava mais.

Na segunda etapa, o Galo voltou sem alterações de atletas, mas com uma claríssima alteração na atitude. A nova postura em campo é sinal de que alguns jogadores têm liderança e sabem utilizá-la, pois o cenário do jogo era muito difícil, mas, mesmo assim, os atletas conseguiram uma nova motivação. Após gol inacreditável perdido pelo Zamora, o Galo conseguiu sua primeira bola na rede. Guga enfiou para Luan na direita que cruzou para Maicon Bolt surpreender na área e marcar de cabeça. 1 a 2, torcida completamente inflamada, Galo em busca do empate. Do gol em diante, o Galo passou a ditar o ritmo do jogo. Melhor posicionado e muito confiante graças à sua torcida, tinha a bola e tinha criatividade para atacar. O time alternava jogadas de linha de fundo com cruzamentos e chutes de fora da área. Em um desses chutes de longe, Zé Welison acertou a segunda bola na trave do Atlético no jogo. O volante ainda arriscou mais algumas vezes, todas com perigo. Levir mexeu na equipe de forma polêmica, tirando Welison e Elias, e colocando, respectivamente, Nathan e Vinícius no jogo. A controversa alteração acabou surtindo efeito, com um Nathan distribuidor de jogo e um Vinicius que atacava bem os espaços. Muito melhor no jogo, o Galo chegou ao empate. Ricardo Oliveira finalizou bem na área, Vinícius desviou e balançou as redes. Empurrado pela Massa, o Galo conseguiu o até antes impossível empate. E continuou indo para cima. O assustado Zamora ainda perdeu um atleta expulso de maneira justa. Tudo conspirava a favor do Galo, que tinha sede de gol e veio para cima. E o gol saiu. Maicon Bolt tentou cruzar, a bola fixou-se na mão do adversário venezuelano, e o árbitro marcou pênalti. Fábio Santos pegou a bola para bater. Confesso que, neste momento, imaginei o pior, pois Fábio estava mal na partida, já tinha sido vaiado, além de estar muito abaixo na temporada como um todo. Mas o lateral-esquerdo respirou fundo, se concentrou e bateu muito bem o pênalti. Virada incrível do Galo, torcida vibrando como merece e a confirmação da vitória!

Não sei falar se o resultado foi justo ou não. Acho que justiça é a bola na casinha. O Atlético fez um primeiro tempo fraquíssimo e desorganizado. Voltou para a segunda etapa mais confiante, com muita raça e fez os gols, mas ainda desorganizado. Apesar do resultado a favor, a exibição de ontem nos acende o sinal vermelho. O Galo só virou a partida por causa da torcida, que fez do Mineirão um inferno. No aspecto técnico, muita desorganização, jogadores correndo errado e uma defesa em colapso, desprotegida. Em 4 meses do ano, o Atlético ainda não evoluiu o esperado e, neste caso, os holofotes caem – e com razão – em cima de Levir Culpi. Se o Galo entrar desse jeito contra o Cerro Porteño na próxima partida, não esperem coisas boas. Mas vamos acreditar, é o que nos resta! Esporada neles, Galo!

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