Galo vence Cruzeiro com autoridade pelo Brasileiro
O Jogo
Os primeiros 10 minutos foram de muita marcação e faltas dos dois lados. A estratégia atleticana foi dar a bola para o rival e jogar nos contra-ataques, armados pelas pontas com Chará e Cazares, com Vinícius aparecendo pelo meio. O problema é que, conforme o jogo foi se desenvolvendo, o ataque atleticano não conseguia colocar intensidade no jogo. Os pontas não atacavam os espaços da lateral, preferiam esperar um outro jogador chegar para trabalhar as jogadas. Atlético e Cruzeiro, desta maneira, finalizavam prioritariamente de fora da área, porque, por mais que os ataques tentassem construir jogadas, as defesas conseguiam rebater. O Galo aos poucos foi tomando mais a bola e começou a cercar a área cruzeirense, sendo mais perigoso, mas sem efetividade. O Cruzeiro foi quem começou a contra atacar, mas sempre esbarrando no posicionamento de Réver e Igor Rabello. O Galo abriu o placar já nos minutos finais da primeira etapa, em contra ataque que terminou com chute de fora da área de Vinícius, rasteiro e traiçoeiro. O chute enganou toda a defesa cruzeirense, que esperava um passe do meia atleticano, que preferiu chutar e abrir o placar.
Embora o primeiro tempo tenha sido interessante, as emoções estavam reservadas para o segundo tempo. O Cruzeiro voltou mais ofensivo, uma vez que precisava da vitória para sair da zona de rebaixamento. O Atlético manteve sua tática de contra atacar, e começou a encontrar mais espaços deixados pelo time rival. O Atlético, entretanto, começou a errar muitos passes quando tinha a bola, rapidamente a devolvendo para o Cruzeiro que, desta maneira, encontrava brechas na defesa alvinegra para atacar. O time azul começou a aparecer mais vezes próximo da área, mas não conseguia levar perigo a Cleiton graças a uma exibição defensiva impecável do Atlético. O Galo, na tentativa de prender a bola na frente e ganhar velocidade, colocou o rápido Geuvânio no lugar de Cazares. A mudança surtiu efeito, com o recém-entrado atacante criando espaços e até acertando bola na trave. O meio de campo, porém, continuava errando passes na transição ofensiva, permitindo que o rival chegasse perto da área do Galo. O Cruzeiro chegou a acertar uma bola na trave, com Sassá, já perto do fim do jogo, mas o Atlético conseguiu engrenar um contra-ataque e fez o segundo gol. Nathan, que entrou no lugar de Vinícius, roubou bola pelo meio, abriu pela direita para Patric e apareceu na área para receber a bola por cima e dar uma cabeçada discreta, porém fatal. A bola ainda desviou em Robinho antes de encontrar a cabeça do meio campista, que comemorou muito o seu primeiro gol em clássicos, o gol da tranquilidade Atleticana.
Opinião Final
Antes da opinião final, precisamos de falar sobre o árbitro Leandro Pedro Vuaden. O “apitador” não foi justo em suas marcações e ainda deixou de marcar um pênalti em cima de Chará e um cartão vermelho para Thiago Neves, que receberia o segundo cartão amarelo e seria expulso após simulação. Fazia anos que o Atlético não apresentava exibição defensiva tão sólida e consistente. O jogo coletivo do time de Rodrigo Santana funcionou bem e, organizado, o Atlético não deixou o Cruzeiro entrar na área durante todo o jogo. O ataque defendia compactado com o meio, tirando a pressão da dupla de zaga, que conseguia se posicionar bem e rebater as bolas. Patric e Fábio Santos mais uma vez foram leões na defesa (por mais que suas jogadas ofensivas tenham decepcionado), enquanto o goleiro Cleiton, 21 anos, nos fez esquecer que Victor está lesionado. Mesmo sem a posse de bola, o Galo foi objetivo quando a tinha, assim levando mais perigo. O Galo jogou com inteligência, entendendo o modelo de jogo de seu rival, e mereceu vencer a partida.
Ficha Técnica
ATLÉTICO 2 X 0 CRUZEIRO
Data/Hora: 4/08/2019, às 19h (de Brasília)
Local: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva(GO) e Neuza Ines Back (SP)
Árbitro de vídeo: Daniel Nobre Bins (RS)
Cartões Amarelos: Orejuela, Thiago Neves, Fred(CRU), Jair, Elias (CAM)
Público e Renda: 13.181/R$ 546.290,00
Gols: Vinícius, aos 45’-1ºT(1-0), Nathan, aos 46′-2ºT(2-0)
ATLÉTICO-MG: Cleiton; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Jair, Elias, Vinicius Goes (Nathan, aos 40’-2ºT) e Cazares (Geuvânio, aos 24’-2ºT); Chará e Ricardo Oliveira (Papagaio, aos 35’-2ºT). Técnico: Rodrigo Santana.
CRUZEIRO: Fábio; Orejuela, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Ariel Cabral (Robinho, aos 17’-2ºT), Marquinhos Gabriel e Thiago Neves (David, aos 32’-2ºT); Pedro Rocha (Sassá, aos 40’-2ºT)- e Fred. Técnico: Mano Menezes.