NFL e as aposentadorias precoces que chocaram a liga
No último sábado (24) o quarterback Andrew Luck, do Indianapolis Colts, surpreendeu a todos com o seu anúncio de aposentadoria. Aos 29 anos, a primeira escolha do Draft de 2012 e eleito o “Comeback Player of the Year Award” no ano passado, decidiu abandonar o esporte após se cansar da rotina de lesões e fisioterapias, que o desgastaram física e mentalmente. “Eu não tenho podido viver a vida que eu quero viver. Isso tem me tirado a alegria de jogar”, afirmou Luck na coletiva após a derrota do Colts para o Chicago Bears pelo placar de 27 x 17.
Infelizmente Luck não é o único caso de aposentadoria precoce na NFL. Outros astros da bola oval surpreenderam a liga anunciando a despedida dos gramados, em sua maioria provocadas pelas lesões, e algumas por motivos pessoais ou de opção do atleta. Abaixo temos alguns casos mais conhecidos na liga americana.
Greg Cook foi draftado pelo Cincinnati Bengals no ano de 1969, também vindo de uma carreira universitária estrelada e tendo boas expectativas de grandes conquistas pela imprensa da época. Foi escalado como titular do time, venceu as três primeiras partidas que disputou, mas uma gravíssima fratura no ombro o tirou de campo por um longo tempo. Na época a lesão não foi diagnosticada com precisão, sendo tratada somente com anti-inflamatórios, e os médicos o liberaram para voltar a jogar no meio da temporada. Como não foi tratada corretamente, a lesão se agravou de modo irreversível até o fim daquele ano. O jogador passou por várias cirurgias e tratamentos, tentou voltar a jogar em 1973, mas o corpo de Cook não respondeu direito o obrigando a se aposentar.
Outro grande nome que infelizmente abandonou o esporte devido às lesões foi Bo Jackson, running back do Los Angeles Raiders, aos 28 anos. Jackson é o único jogador na história que foi eleito para o Jogo das Estrelas de dois esportes distintos (Beisebol e Futebol Americano), pois no ano de 1989 foi convocado para o All Star Game da MLB, e no ano seguinte foi chamado para o Pro Bowl da NFL. Nos playoffs do ano de 1990, Bo Jackson sofreu uma gravíssima lesão no quadril, que se agravou devido a uma necrose avascular (doença causada pela perda temporária ou permanente da irrigação de sangue aos ossos), que o forçou a largar o futebol americano. No beisebol ele conseguiu jogar por mais quatro anos.
Rob Gronkowski, tight end do New England Patriots, também anunciou sua aposentadoria este ano, coincidentemente aos 29 anos. Gronk decidiu pendurar as chuteiras pouco mais de um mês após conquistar seu terceiro SuperBowl pela equipe de New England. O jogador sofreu com várias lesões em seus anos de FA, mas o motivo de sua aposentadoria não foi revelado. Especula-se que ele seguirá carreira em filmes de ação.
O wide receiver Calvin Johnson também surpreendeu a todos ao se aposentar aos 30 anos. O jogador do Detroit Lions é considerado um dos maiores recebedores de todos os tempos, tendo o maior número de jardas recebidas de todos os tempos na temporada de 2012 (total de 1964 jardas). Apesar de algumas lesões em suas nove temporadas na liga, o real motivo do seu abandono dos gramados foi que ele cansou de perder com a equipe de Detroit. Muitos achavam que ele faria um ano sabático fora da liga (igual fez recentemente Marshall Lynch) e que voltaria em outra equipe, mas esse retorno nunca aconteceu.
Outro atleta do Lions que decidiu abandonar os gramados no ano de 1999 foi o running back Barry Sanders. Aos 31 anos e considerado uma das lendas do time, Sanders chocou a liga com sua aposentadoria anunciada de uma forma diferente: através de um anúncio no principal jornal de sua terra natal, a cidade de Wichita, no estado de Kansas. Na época também foi especulado que o motivo do abandono foi o mesmo de Megatron (e eles nem jogaram juntos!): Sanders não aguentava mais perder, mesmo tendo os melhores números e recordes individuais na liga.
Um caso curioso de aposentadoria foi o do linebacker Chris Borland, em 2014. Aos 25 anos e apenas uma temporada jogada pelo San Francisco 49ers, o jogador decidiu abandonar a liga pelo medo dos efeitos que as concussões causavam nos atletas de Futebol Americano. “Eu honestamente só quero o melhor para a minha saúde. Pelo que eu pesquisei e o que eu vivi, eu não acredito que valha o risco”, disse Borland após confirmar sua retirada precoce dos gramados, frisando que a saúde vale mais que o dinheiro.
Estes foram alguns casos de aposentadorias precoces da NFL. Sejam quaisquer os motivos, estes e outros nomes ficarão marcados na história da liga mesmo com o pouco tempo jogado em campo.
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