Galo vence confronto difícil contra o Fluminense

O Jogo

O Fluminense começou os primeiros minutos impondo forte pressão e velocidade nas suas transições ofensivas. O Galo se defendia, mas tinha problemas para conter os tricolores, que triangulavam com rapidez e arriscavam chutes, fora os cruzamentos para o centro-avante Pedro. Com tais dificuldades no jogo, tentando contra-atacar, mas errando bastante, o Galo viu seu goleiro, Cleiton, começar a aparecer na partida, defendendo chutes e cortando lances perigosos dos cariocas. Após alguns lances de perigo dos visitantes, o Atlético foi se ajustando na defesa e no ataque, se organizando melhor e colocando as ideias no lugar. Desta forma, o alvinegro passou a se defender melhor e criar transições ofensivas de perigo, quase sempre quebrando as linhas de marcação adiantadas do Fluminense com lançamentos e passes mais diretos. Cazares, Vinícius e Ricardo Oliveira se movimentavam muito, com Elias e Ramón Martínez armando o jogo, vindo de trás com sobriedade. O Galo começou a ter grandes chances, com direito a cabeçada na trave e chance incrível perdida por Ricardo Oliveira. Melhor na partida, o Galo abriu o placar no fim do primeiro tempo, com Cazares, aproveitando uma bola mal rebatida pelo zagueiro Digão. Com a vantagem no placar, o Galo soube controlar o Fluminense até o final do primeiro tempo.

Foto: Bruno Cantini / Atletico

A segunda etapa, assim como a primeira, começou movimentada, porém mais emocionante ainda. O Atlético voltou mais ofensivo, enquanto o Fluminense não deixou de adiantar sua marcação para tentar agredir. O jogo se transformou num grande “lá e cá”, com o Atlético sendo melhor graças a sua rapidez na saída rápida para o ataque. E a Massa Alvinegra comemorou o segundo gol do jogo, que nasceu de uma pressão na saída de jogo, com Ricardo Oliveira dominando na entrada da grande área e batendo colocado. O gol marcou o fim de um jejum de 15 jogos do Pastor sem marcar gols, que comemorou muito e fez bonita festa com seus companheiros de campo. Com vantagem no placar e confiante, o Atlético continuou descendo nos contra-ataques rápidos e levando perigo, com um Fluminense que, agora desesperado, deixava grandes espaços em seu meio de campo. O tricolor Yony González e o atleticano Alerrandro (que substituiu Ricardo Oliveira nos minutos finais) chegaram a balançar as redes, mas seus gols foram anulados. Os cariocas atacavam, mas não passavam a sólida defesa atleticana, e os atleticanos atacavam de volta, mas perdiam todas as oportunidades. Até que, já no final da partida, o Fluminense descontou o marcador. O jovem João Pedro aproveitou falha coletiva do Atlético, fez grande jogada e rolou para Nenê mandar para o gol. O tento sofrido causou frustração nos atleticanos, que estavam vendo sua defesa quase passar mais um jogo em branco. Os minutos finais de jogo foram emocionantes, com o Fluminense se lançando ao ataque em busca do gol, e o Atlético tendo espaço para os contra ataques perigosos. O frenético embate só parou quando o árbitro Wilton Pereira Sampaio apitou o final da partida. Atlético e Fluminense tinham proporcionado um verdadeiro espetáculo, daqueles de tirar o fôlego e entrar para a história.

Opinião Final

O Atlético foi bem lúcido na partida. Mostrou ter treinado e estudado seu rival Fluminense, e criou estratégias para explorar os evidentes pontos fracos dos cariocas. Embora o Fluminense esteja na porta da zona de rebaixamento, o time de Fernando Diniz sabe praticar um bom futebol. Deixar espaços para o tricolor atacar seria suicídio. O Galo adotou a estratégia certa ao dar a bola ao Fluminense (por mais que tenha se retraído demais e desperdiçado muitos contra-ataques) e a estratégia se pagou. A defesa atleticana mais uma vez foi muito bem, com Cleiton seguro e os zagueiros subindo de produção ao longo do jogo. Vinícius dominou o meio-de-campo, Ricardo Oliveira comandou o ataque e os pontas contribuíram muito ao jogo. Os pontos negativos foram os vários gols perdidos por Ricardo Oliveira e a partida ruim de Chará, que fez bem a recomposição na defesa mas tomou várias decisões erradas no ataque. Mas, talvez o ponto mais positivo tenha sido a personalidade do elenco atleticano. A partida contra o Fluminense, dada as circunstâncias com a bola rolando, foi muito difícil, e os jogadores atleticanos tiveram personalidade para sair da armadilha carioca. Foram lúcidos, concentrados, organizados e confiantes, quebrando a defesa do Fluminense com dribles, transições rápidas, movimentos inesperados e muita dedicação. Tivemos alguns atletas que se destacaram dentro do bom jogo coletivo atleticano, como o seguro Cleiton, o decisivo Elias, o surpreendente Ramón Martínez e o ascendente Vinícius. Mas o meu destaque vai para Rodrigo Santana. A exibição coletiva do Atlético está engrenando cada vez mais, e em um coletivo forte as individualidades aparecem. A vitória atleticana foi um golpe de autoridade.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 2 X 1 FLUMINENSE

Data/Hora: 09/08/2019, às 21h
Local: Independência, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO-FIFA)
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO-FIFA) e Bruno Raphael Pires (GO-FIFA)
VAR: Eduardo Tomaz de Aquino Valadao (GO)
Público e renda: 19.081 torcedores R$ 352.497,00
Cartões amarelos: Vinícius Goes, Patric, Otero(CAM); Wellington Nem (FLU)
Cartão vermelho: Nenê (FLU)
Gols: Cazares 41’/1ºT (1-0), Ricardo Oliveira 5’/2ºT (2-0) e Nenê 46’/2ºT (2-1)
ATLÉTICO: Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Ramón Martínez, Elias, Vinícius Goes, Cazares (Geuvânio, 14’/2ºT) e Chará (Otero, 29’/2ºT); Ricardo Oliveira (Alerrando, 36’/2ºT). Técnico: Rodrigo Santana

FLUMINENSE: Muriel, Igor Julião, Digão, Nino e Caio Henrique; Allan, Daniel (Wellington Nem, 29’/2ºT) e Ganso; Marcos Paulo (Nenê, intervalo), Yony e Pedro (João Pedro, intervalo). Técnico: Fernando Diniz

 

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