Atlético vence RB Bragantino no final e se aproxima da liderança do Brasileiro

O Jogo

O Atlético foi escalado de maneira completamente diferente. O antes reserva Maílton jogaria na ponta direita, Marquinhos, Keno e Hyoran começariam no banco e o esquema contaria com três zagueiros (Rabello, Réver e Alonso), embora Alonso caísse mais pela esquerda, função que o paraguaio já havia realizado em sua Seleção e no Boca Juniors. O time comandado pelo auxiliar Jorge Desio (Sampaoli estava suspenso) teve mais posse, mas não conseguia ser ofensivo. Arana e Maílton atacavam, mas faltava sincronia nos ataques, e o posicionamento do Galo em campo foi, por algumas vezes, inconstante. O Bragantino, por sua vez, se fechava bem com uma linha de 5 defensores, sendo 3 zagueiros, o que dificultava ainda mais as transições Atleticanas. Allan distribuía bons passes no meio de campo, Maílton lutava muito, demonstrava qualidade, mas falhava na tomada de decisão, algo explicado por seu baixo entrosamento com os companheiros. Mas apesar da falta de agressividade, foi o Galo quem tirou o zero do placar no primeiro tempo. Arana cruzou escanteio da direita, Réver subiu mais alto que a defesa paulista e abriu o placar. Além de abrir o placar, Réver se tornou o zagueiro com mais gols na história do Campeonato Brasileiro, empatando com seu antigo companheiro e ex-jogador Leonardo Silva. Os dois têm, agora, 33 gols marcados em Brasileiros.

O Atlético não voltou atento para a segunda etapa e acabou levando o gol de empate logo aos 3 minutos. Lucas Evangelista recebeu passe na entrada da área, chutou na trave, mas a bola rebateu em Éverson e sobrou limpa para Alerrandro aplicar a “lei do ex” e empatar para o Red Bull. O ex-Atleticano comemorou discretamente, uma vez que possui grande carinho pelo Galo. Agora com o placar empatado, mas precisando da vitória, o Galo tentou recuperar suas forças para tentar fazer mais um gol. Keno entrou na partida no lugar de Maílton, em uma tentativa de dar mais entrosamento ao ataque. E tudo parecia caminhar para um final feliz quando Keno e Guilherme Arana fizeram boa jogada, e o camisa 11 foi derrubado dentro da área pelo defensor Aderllan. Eduardo Sasha foi para a cobrança de penal e perdeu a cobrança, finalizando mal, em cima do goleiro Julio César. O Atlético tentou não se abalar e buscou continuar no ataque. Nathan voltou aos gramados após lesão, substituindo Alan Franco. Savarino acertou a trave e Sasha chegou a balançar as redes, mas em impedimento. Tudo caminhava para um final de jogo frustrante no Mineirão, quando Keno recebeu bola pela esquerda, fez grande jogada individual, chegou na linha de fundo e cruzou para Savarino, que mandou para dentro das redes. Houve certa confusão no lance pois o goleiro Julio César havia espalmado a bola, mas o VAR confirmou que ela havia entrado por completo no gol, e o Galo chegou ao gol da vitória, assumindo a vice-liderança do Brasileirão, 2 pontos atrás do líder Internacional, entretanto com 1 jogo a menos.

Foto: Pedro Souza / Atlético

Opinião Final

O Atlético conseguiu vitória importantíssima para suas aspirações no Campeonato Brasileiro. Embora sua exibição tenha deixado a desejar, foi melhor que seu adversário em campo e mereceu vencer, mesmo que vencendo no sufoco. Jorge Sampaoli, que comandou o Atlético nos camarotes do Estádio graças a uma suspensão, mexeu demais na equipe. A ideia de escalar Maílton como ponta direita foi interessante e o camisa 22 demonstrou algum futuro no setor, mas o esquema com 3 laterais e um zagueiro na lateral-esquerda pagou seu preço. O Atlético foi desorganizado, “torto”, e tomou decisões equivocadas ao atacar. A filosofia de trocar jogadores e promover novidades no esquema tático é interessante, mas o uso exagerado desse mecanismo pode acabar causando mais danos do que benefícios. Cabe a Sampaoli equilibrar suas ousadas ideias de futebol.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 2 x 1 Red Bull Bragantino
Data/Hora: 13 de setembro (domingo), às 18h (Brasília)
Estádiol: Mineirão
Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC)
Assistentes: Alex dos Santos (SC) e Henrique Neu Ribeiro (SC)
VAR: Pathrice Wallace Corrêa Maia Junior(SC)
Cartões amarelos: Edimar(RBB), Guilherme Arana(CAM)

Gols: Réver, aos 28’-2ºT(1-0), Alerrandro, aos 3’-2ºT(1-1), Savarino, aos 41’-2ºT(2-1)

Atlético: Everson; Igor Rabello, Réver, Junior Alonso e Maílton(Keno); Allan, Alan Franco(Nathan), Guilherme Arana, Guga, Eduardo Sasha(Hyoran) e Savarino. Técnico: Jorge Desio
Red Bull Bragantino: Júlio César, Aderlan(Barreto), Léo Ortiz, Realpe e Edimar; Ricardo Ryller, Raul, Lucas Evangelista, Arthur(Hurtado), Alerrandro(Robinho) e Claudinho. Técnico: Maurício Barbieri

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