Contra tudo e contra todos! Galo é empurrado pela Massa e vira diante do Santos no Mineirão

O Jogo

Um turbilhão de emoções por 90 minutos. Um roteiro que parecia levar a um final já conhecido nos últimos 50 anos. O Santos, em má fase e beirando o Z-4, veio para se defender e retardar o jogo o máximo possível. Os paulistas se fechavam bem atrás, abdicavam de atacar, e contavam com a confusa arbitragem de Paulo Roberto Alves Júnior (PR) para cumprir sua missão. O Galo, bem marcado, tentava ser criativo, mas não era eficaz. Diego Costa substituía Hulk, poupado para evitar lesões, e se movimentava muito bem, mas sem finalizar. Num jogo de poucas oportunidades, uma jogada definiria tudo. E Zaracho, até então apagado, foi puxado pela camisa e derrubado na área. Mesmo assim, a arbitragem não marcou a penalidade, nem ao menos foi ao VAR.

A torcida estava nervosa, mas apoiava. E gritou novamente quando Dylan ganhou em velocidade, caiu na área, mas a arbitragem novamente negou qualquer marcação. Mesmo menos polêmico, o incidente poderia ir ao VAR, o que não aconteceu. O Galo seguiu tentando, principalmente com Diego Costa, Mariano e Dylan, mas o zero não saiu do placar. Faltava o último passe, a última decisão no terço final do campo.

Diego Costa foi substituído no intervalo, após princípio de lesão, e Dylan também saiu. Entraram Sasha e Nacho Fernández, respectivamente. Antes que o time pudesse assimilar as alterações, Raniel recebeu na entrada da área, bateu forte e a bola morreu no fundo das redes de Everson. Gol do Santos, para desespero geral. O centro-avante, formado no rival, provocou a torcida do Atlético, dizendo que ele “mandava” no Mineirão.

O Atlético tinha que jogar contra o Santos, a arbitragem e a pressão (até porque o Flamengo, adversário direto, já fazia 3 a 0 no Juventude). O Santos recuou de vez, e a posse de bola só ficou com o time da casa, que arriscava, tentava criar espaços, mas falhava. O roteiro de temporadas como a de 2012, de 2015 e 2020 estava quase completo. Mas aí vieram os salvadores da pátria. A Massa, sabendo de sua história de empurrar o clube em momentos difíceis, esqueceu o resultado e começou a cantar alto, fiel na virada. O time entendeu o momento e reagiu, nos pés do já conhecido Nacho Fernández, e do decisivo Calebe.

Após cobrança de falta, Calebe, que havia acabado de entrar em campo no lugar de Mariano, cabeceou firme, mas o goleiro João Paulo salvou em cima da linha. O que nem todos viram é que o meia tinha sido empurrado pelas costas dentro da área. Antes omisso, o VAR apareceu, e convocou o árbitro a revisar a jogada. O pênalti foi marcado. Sem Hulk, coube a Nacho ir para a cobrança. O argentino chutou no canto e explodiu a Massa no Mineirão. Nos pés do argentino estavam a bola, o Campeonato Brasileiro e a fé de milhões de torcedores. Ignacio Fernández não “pipocou”, e desfez o já certo roteiro da derrota. E para não esquecermos: Raniel acredita ser “dono” do Mineirão, mas, com certeza, aprendeu uma lição para a vida toda: O Galo é doido.

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Foto: Pedro Souza / Atlético

O gol de empate trouxe ainda mais ânimo para o Galo, e a torcida não parou de empurrar. O gol da virada já parecia questão de tempo, mas o relógio passava e o gol não saía. Até que mais um herói apareceu. Nathan Silva apareceu na primeira trave após cobrança de falta de Nacho, cabeceou sutilmente, e não sutilmente emocionou toda uma nação. Era a virada do Galo no Mineirão. A derrota certa era, agora, uma vitória dramática. Mas houve tempo para o drama dar lugar à completa alegria. Calebe, mais uma vez, partiu para a jogada individual, driblou seu marcador e caiu dentro da área. A jogada seguiu, mas o VAR foi invocado novamente. Mesmo que “valorizando”, o meia Atleticano tinha sido derrubado na área. Mais um pênalti.

Nacho teria um desafio. Ao cobrar sua segunda penalidade, teria de ser criativo para surpreender o bom goleiro João Paulo. “El cérebro”, mesmo que sem querer, fez o mais difícil. Cobrou no meio, João Paulo defendeu, mas a bola voltou para o camisa 26, que estufou as redes. O drama estava acabando, pois o 0 a 1 era agora 3 a 1. Na comemoração, Nacho homenageou sua “abuela” (avó), que faleceu a poucos meses atrás. Lá do céu, Sara Fernández sorriu, e viu um mundo de preto em branco festejar aqui na Terra. Vitória do Galo no Mineirão.

Ficha Técnica

ATLÉTICO 3 X 1 SANTOS
​Data/hora:
13 de outubro de 2021, às 19h (Brasília)
Local: Mineirão, Belo Horizonte, (MG)
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior (PR)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR)
VAR: Adriano Milczvski (PR)

Cartões amarelos: Savinho, Dodô (CAM); Raniel, Pará, Lucas Braga, Wagner Leonardo, Jean Mota e Marinho (SAN)

Gols: Raniel (4′-2ºT); Nacho Fernández (24′-2ºT); Nathan Silva (30′-2ºT) e Nacho Fernández (35′-2ºT)

ATLÉTICO: Everson; Mariano (Calebe), Nathan Silva, Réver e Dodô; Allan, Jair (Tchê Tchê), Zaracho e Borrero (Nacho Fernández); Keno (Igor Rabello) e Diego Costa (Eduardo Sasha). Técnico: Cuca

SANTOS: João Paulo; Balieiro (Diego Tardelli), Velásquez e Wagner Leonardo; Marcos Guilherme (Madson), Camacho, Zanocelo, Jean Mota (Gabriel Pirani, 29/2ºT) e Lucas Braga; Marinho e Léo Baptistão (Raniel, 11/1ºT). Técnico: Fábio Carille

 

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